Confiança. BE pede ao Governo que trave construção de residência privada
O Bloco de Esquerda (BE) solicitou ao Governo que alterasse o parecer favorável que permite a construção de uma residência privada no edifício da antiga Fábrica Confiança. O grupo parlamentar bloquista enviou um documento ao Ministério da Cultura e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a alertar para uma irregularidade no Pedido de Informação Prévia (PIP) submetido pela Câmara Municipal de Braga (CMB).
A tomada de posição surge depois de uma reunião que o partido teve com a Direcção Regional de Cultura do Norte. De acordo com Alexandra Vieira, foi aí que o BE que tomou conhecimento de que “as únicas entidades que podem promover a construção de residências universitárias são as próprias universidades, sejam elas públicas ou privadas, e que o ministro do Ensino Superior tem de autorizar a sua criaçao”.
Além disso, a deputada eleita pelo distrito de Braga destaca que o alojamento académico tem de “apresentar preços de acordo com as finalidades relacionadas com a acção social que a universidade presta”. Posto isto, Alexandra Vieira defende que estes requisitos “não se verificam no PIP apresentado pela Câmara Municipal”.
Alexandra Vieira não compreende nova tomada de posição da CMB
Depois de não ter aparecido qualquer investidor na primeira hasta pública, a 14 de Fevereiro, está prevista um acto semelhante para 11 de Março. Caso não haja compradores, a CM Braga vai disponibilizar à Universidade Minho o edifício para que o Estado construa ali uma residência universitária pública, de acordo com o anúncio feito esta segunda-feira pelo autarca Ricardo Rio. Alexandra Vieira estranha esta tomada de posição.
“Desde 2013 que há um movimento cívico [Plataforma Salvar a Fábrica Confiança] que reivindica que o edifício deve permanecer ao dispôr dos cidadãos da freguesia de São Victor para fins culturais. Isto [a solução apresentada pela autarquia] é não compreender ou fazer de conta que não se está a compreender o que se passa e fazer com que os bracarenses fiquem um bocadinho baralhados”, considera.
