Costa admite que o objetivo do PS é conseguir maioria absoluta em janeiro

“Acho que é fundamental para o futuro do país que haja uma estabilidade para um governo para quatro anos. É preciso que o PS tenha uma maioria que lhe permita governar quatro anos. Maioria é maioria. O que é que é maioria? É metade mais um. Pronto, é isso”. Foi desta forma que, em entrevista à CNN Portugal, António Costa apontou metas para as legislativas de 30 de janeiro. 


O líder do PS reiterou que, caso não saia vencedor deste ato eleitoral, se demite. “Se uma pessoa é primeiro-ministro durante seis anos, se durante seis anos os portugueses têm a oportunidade de acompanhar e avaliar o trabalho e se, ao fim de seis anos, não dão confiança ao primeiro-ministro com uma vitória eleitoral, bom, isso é manifestamente um voto de desconfiança dos portugueses no primeiro-ministro e, então, aí eu tenho de tirar as devidas conclusões e demitir-me”, explicou. 

Costa afastou a possibilidade de entendimento com o PSD, liderado por Rui Rio. Esse é um cenário que nunca se colocará. Aliás, a proposta de Rui Rio é uma proposta de quem não tem experiência da ação governativa, porque o que ele propõe é que haja uma espécie de acordo para um governo provisório de dois anos. Ora, o país não precisa de governos provisórios de dois anos. O país precisa mesmo é de estabilidade durante quatro anos. Precisa de uma solução para quatro anos”, explicou.

Para o secretário-geral do PS “não devemos dizer que a geringonça morreu de vez”. “O atual quadro político demonstra bem que um dos pontos que eu tenho insistido que é fundamental para a vitalidade da democracia, a possibilidade de haver alternativas claras, à esquerda e à direita, uma liderada pelo PS e outra pelo PSD é muito importante”, reforçou.

Durante a entrevista, o socialista foi confrontado com a possibilidade de ter em Pedro Nuno Santos um possível sucessor, cenário que António Costa considera “provável”. “Tem boa idade para isso, no futuro, se for essa a vontade da generalidade dos socialistas”, acrescentou, garantindo que não dará indicações quando deixar o cargo.


O socialista deixou ainda a garantia de que nunca será Presidente da República. “Tenho a certeza que é um cargo que nunca exercerei. Cada um deve ser aquilo onde se sente bem a ser. E a experiência também nos indica que quem gostou de ser primeiro-ministro nunca deu bom Presidente da República. E que não é bom porque quem gosta de funções executivas depois é muito difícil não estar na Presidência da República a tentar interferir na ação governativa e, portanto, eu acho que cada um deve estar na sua função própria, acho que os portugueses têm reconhecido extraordinárias qualidades ao atual Presidente da República, seguramente escolherão excelentes Presidentes da República no futuro”, justificou.

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Liliana Oliveira
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