Costa diz que instalar aplicação ‘Stayaway Covid’ é um “dever cívico”

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que instalar nos telemóveis a aplicação ‘Stayaway Covid’, que permite rastrear contactos de infeção, é um “dever cívico” para travar a pandemia enquanto não existir uma vacina.
“Entendam que é um dever cívico descarregar esta aplicação e sinalizarem se vierem a ser diagnosticados como testando positivo”, afirmou António Costa no lançamento desta iniciativa, no Porto, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.
A ‘Stayaway covid’ é uma aplicação móvel voluntária que, através da proximidade física entre ‘smartphones’, permite rastrear de forma rápida e anónima as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.
“Por favor descarreguem a aplicação, não tenham receio”, pediu o primeiro-ministro.
Num momento em que recomeçam as aulas, reabrem os tribunais, as pessoas regressam de férias e aos seus locais de trabalho, fazendo com que hajam mais concentrações e deslocações de metro ou autocarro, o chefe do Governo afirmou que a ‘Stayaway covid’ é “muito importante” para travar os contágios.
A única forma de garantir que a pandemia da covid-19 não se descontrole e que o país não volta a passar pelo mesmo do que nos meses de março e abril depende “unicamente dos cidadãos”, lembrou, acrescentando que a aplicação não garante a cura, mas garante a interrupção das cadeias de transmissão.
Ministro da Ciência pede utilização da aplicação pelos estudantes do superior
O ministro da Ciência, Manuel Heitor, afirmou hoje que apesar de “não curar”, a aplicação ‘Stayaway covid’ é um “exercício de responsabilidade cívica”, apelando aos dirigentes do ensino superior para massificarem a propagação de utilização junto dos estudantes.
“A aplicação, ela própria não cura, mas previne e sobretudo, é um exercício de responsabilidade cívica que todos temos de seguir e partilhar. Obviamente, o arranque do ano letivo é uma oportunidade particularmente importante para, também com esta aplicação, garantirmos um ensino do sistema de ensinar e aprender presencial”, afirmou hoje Manuel Heitor.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que falava à margem da apresentação oficial da aplicação ‘Stayaway Covid’, no Porto, apelou para que os dirigentes das instituições do ensino superior massificassem a propagação da aplicação junto dos estudantes.
Manuel Heitor lembrou que este foi “um processo inédito em Portugal”, particularmente, porque, pela primeira vez, teve de se cumprir um relatório de avaliação da privacidade de dados.
“Este processo, que de certa forma, é inédito em Portugal, teve de cumprir um relatório de avaliação de dados que nunca tinha sido feito, quer no contexto europeu, mas sobretudo, em Portugal, por isso, foi um exercício longo”, referiu Manuel Heitor, salientando que a aplicação não seria possível sem a Direção-Geral da Saúde (DGS) e os gabinetes associados do Ministério da Saúde.
Durante a sua intervenção, o ministro salientou ainda a capacidade dos laboratórios associados, como é o caso do INESC TEC, terem como missão apoiar as políticas públicas, considerando este um “sinal claro” do papel destas instituições.
“Durante a pandemia ficou claro o papel dos laboratórios associados para aquilo que é o apoio às políticas publicas e forma de o conhecimento ser produzido e difundido para apoiar as políticas publicas”, afirmou.
Manuel Heitor mencionou ainda o papel da Europa, nomeadamente, do consórcio europeu que liderou o protocolo de criação de aplicações de rastreio, que “serve de exemplo a todo o mundo”, destacando que Portugal é o nono país a ter disponível uma aplicação deste género.
c/ Lusa
