Quota de atletas olímpicos minhotos é quase o dobro da taxa de habitantes da região

A percentagem de atletas minhotos na última edição dos Jogos Olímpicos em relação ao resto do país é de quase 20% (18,8%), perto do dobro da taxa de habitantes (10,4%). Este é um dos dados em destaque no estudo sobre a evolução do fenómeno desportivo na região, nos últimos 25 anos, que será apresentado no primeiro trimestre de 2024 pela Direnor.
Dos 91 que estiveram em Tóquio, em 2021, 17 têm raízes no distrito de Braga ou Viana do Castelo. Em comparação com Sydney 2000, as primeiras olimpíadas em análise, trata-se de um aumento de 12 desportistas.
O número de infraestruturas e de atletas federados em cada modalidade são indicadores que também vão constar do trabalho. Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, o diretor da Direnor admite que tem sido “difícil congregar tudo”, até porque há associações e federações que não têm esse tipo de informação desde o final do século XXI. Por exemplo, no bilhar, só há dados mais recentes.
José Ferreira salienta a importância deste tipo de ferramentas para que “os decisores possam saber, perceber, analisar e tirar ilações”, de forma a que “o desporto na região amanhã seja melhor do que hoje”. “É um contributo que achamos que podemos dar pelo nosso envolvimento, pela nossa paixão e pela nossa vontade em fazer bem e em contribuir para que as coisas melhorem”, destaca.
Em parceria com a associação ‘A Nossa Terra’, a Direnor é responsável pela organização dos troféus ‘O Minhoto’, entregues desde 1997. Pegando na explicação anterior, no seu entender, a missão destas entidades “vai para lá da componente recreativa” da consagração dos agentes desportivos.
