Covid-19. “Vacinação em massa não será necessária” no outono/inverno

Alexandre Carvalho acredita que não haverá necessidade de uma nova vacinação em massa contra a Covid-19, em setembro. O docente da Escola de Medicina da Universidade do Minho e internista no Hospital de Braga considera que o fim da obrigatoriedade da máscara nos transportes públicos é “uma medida natural”, uma vez que já não se usava em outras situações, como “cinema e lojas”. “Manter as máscaras em alguns locais, como estabelecimentos de saúde e lares, parece-me cauteloso, mas compreensível, porque é aí que estão as pessoas mais vulneráveis, pessoas doentes, imunodeprimidas e idosas”, referiu.
Há possibilidade de um retrocesso destas decisões, mas Alexandre Carvalho pede “calma” para que se tomem “medidas adequadas, com base na evolução da doença”, ou seja, “nem exageradas, nem demasiado liberais”. “É difícil prever o que vai acontecer, mas temos armas para nos anteciparmos a umA eventual necessidade de retrocesso destas medidas. Temos as vacinas, a população muito protegida, imunidade natural que circula na população e um plano de vacinação combinado, gripe/covid, em setembro/outubro”, explicou o médico.
Alexandre Carvalho acredita que “a vacinação em massa não será necessária”, estando apenas prevista para “grupos de maior risco em contrair doença grave”.
“O vírus está estabelecido na comunidade e não o erradicaremos nas próximas décadas, mas temos uma boa parte da população bem protegida. Há casos sim, mas casos graves tornaram-se raros e em grupos específicos, pessoas idosas, não vacinadas ou imunodeprimidas”, finalizou.
O docente da Escola de Medicina alerta ainda para a importância para o nosso sistema imunitário da retirada das máscaras.
