Cozinha solidária do CLIB pode passar a permanente

A cozinha solidária do CLIB, que surgiu com a covid-19, pode passar a ser permanente. A possibilidade foi admitida à RUM por Helena Pina Vaz, directora do Colégio Luso Internacional de Braga. Em dez semanas o CLIB já distribuiu 18 mil refeições por mais de 100 famílias do concelho e os pedidos de ajuda continuam a chegar.
Tudo começou com o objectivo de dar uma resposta rápida às primeiras famílias afectadas economicamente pela covid-19, mas depois de 18 mil refeições servidas e do envolvimento de mais de duzentos voluntários na recolha de donativos, na confecção das refeições e na entrega, a directora do CLIB, Helena Pina Vaz, admite que estas 108 famílias identificadas não podem perder mais nada, temendo que o número de famílias a necessitar deste apoio aumente.
O projecto estava previsto para apenas algumas semanas, mas “verificou-se que ainda não terminou de cumprir a sua missão”, começa por explicar à RUM Helena Pina Vaz. “Os números de pedidos aumentam todos os dias e sabemos que nos próximos meses as famílias ainda vão passar por mais problemas”, justifica. A cantina do colégio deixou de estar disponível no início desta semana com a reabertura do serviço aos alunos e por isso, durante os próximos tempos, a cantina solidária do CLIB ficará instalada no Centro Paroquial de Gualtar. “Vamos dar seguimento a este serviço durante uns meses e, quem sabe até poder vir a tornar esta ideia permanente porque há uma grande carência em Braga a nível geral”, admite.
Segundo a responsável, as estruturas existentes assumem que “há situações sem resposta ou sem uma resposta adequada” e, por essa razão, a iniciativa pode passar a definitiva.
As empresas ajudam em género e em dinheiro à semelhança de muitas pessoas a título individual. Envolvidas, a título voluntário, estão mais de duzentas pessoas. Entre o grupo de voluntários do CLIB existem portugueses e estrangeiros. Os refugiados, por exemplo, “querem retribuir o acolhimento que Portugal lhes deu, toda a simpatia de que foram alvo, mostrando que se sentem cidadãos em pleno e querem ajudar a sociedade onde estão inseridos e onde pensam continuar a viver”, revela a responsável.
Identificadas actualmente estão 50 famílias individuais e 58 famílias com mais elementos no agregado familiar. As refeições são levadas a casa das pessoas.
