Crianças vão até ao bloco operatório do Hospital de Braga ao volante de um carro elétrico

A partir de hoje, a viagem até ao bloco operatório, na pediatria do Hospital de Braga, vai ser ao volante de um mini carro elétrico. Segundo a enfermeira chefe, Celeste Machado, o percurso até à sala de operações “é mesmo o momento mais crítico e doloroso”, para as crianças e para os pais, mas “se o percurso for num carro elétrico vai ser muito mais fácil”, gerando menos medo e ansiedade. 

A empresa bracarense Volt-e, especializada em carregadores de veículos elétricos, ofereceu duas mini viaturas elétricas ao Hospital de Braga para diminuir a ansiedade das crianças que serão operadas.

Um estudo, publicado no British Journal of Anaesthesia, revelou que o facto de as crianças conduzirem um carro de brincar desde o seu quarto até ao bloco operatório, em vez de serem transportadas na habitual maca, reduz a sua ansiedade, a um nível que é comparável à toma de um medicamento com efeito calmante.

No Hospital de Braga, o efeito calmante será ao voltante de dois BMW, certificados com todas as normas de segurança, podendo ser controlados remotamente. 

Dina Araújo, diretora financeira e comercial da Volt-e, passou, recentemente, por um “momento angustiante” ao ver o filho entrar no bloco operatório do Hospital de Braga. “É o momento mais angustiante e gera ansiedade. A ideia partiu daí, tentar minimizar a negatividade, ansiedade e angústia, tornando o momento mais divertido para a criança e para os pais, que sabem que eles estão bem”, explicou. 

Diariamente, no Hospital de Braga nunca há menos de dez cirurgias na ala pediátrica. A média de idades situa-se entre os quatro e os sete anos, mas as cirurgias nesta ala vão desde recém-nascidos a jovens até aos 18 anos. As viaturas servirão também para levar os mais pequenos até à sala de exames.

Segundo a enfermeira Celeste, “qualquer hospitalização é uma fonte de ansiedade e stress para crianças e pais”, por isso, “uma novidade destas é um bom momento para a distração das crianças”. “Numa sala de espera tudo o que permita ter um efeito de distração ajuda muito”, concluiu.

“Estas ações ajudam muito no processo de humanizar o hospital. Entre as crianças há sempre medos associados ao hospital, como o medo dos tratamentos, que, por vezes, são mais dolorosos e deixam algumas marcas. Com estas ajudas, possibilitamos que as crianças olhem o Hospital não como um sítio de agressão, mas também de brincadeira”, afirmou o presidente do conselho de administração do Hospital de Braga, João Porfírio Oliveira.

A responsável pela Volt-e frisou ainda a responsabilidade social das empresas. “Se todos fizermos um bocadinho pelos outros, as coisas serão muito melhores”. Ligada à mobilidade elétrica e especializada em carregadores de veículos elétricos, a empresa, sediada em Braga, espera também, com este contributo, “consciencializar as crianças desde cedo a minimizar a pegada ecológica e trazê-las para um mundo mais verde, que se espera que seja o futuro”. 


Para conduzir estas viaturas não é precisa carta de condução, basta sentar, colocar o cinto de segurança e seguir com confiança até à sala de operações…depois é estacionar, esperar e voltar.

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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