CRO de Guimarães será adaptado ao séc.XXI. Espaço dedicado a adoção responsável é novidade

Já está no terreno a obra de ampliação do Centro de Recolha Oficial de Guimarães (CRO). A empreitada orçada em 1,5 milhões de euros, mais IVA, irá permitir melhorar as condições de temperatura para os cães e gatos acolhidos pela estrutura, assim como humidade e controlo de ruído que de forma contínua está, muitas vezes, associado a problemas comportamentais e a doenças.

O projeto prevê a extensão dos serviços de veterinária e de adoção de animais na zona sudoeste. A zona noroeste albergará 42 alojamentos para canídeos, distribuídos por três unidades de alojamento e respetivos compartimentos de apoio. Nessa zona, será criado um acesso para descargas, de modo a melhorar as atuais condições de manuseamento dos alimentos.

Já no edifício inaugurado em 2005, serão demolidas as atuais celas de alojamento canídeo interiores e substituídas por alojamentos individuais, com pátios exteriores de livre acesso através de portinholas basculantes (10 alojamentos). Serão ainda criadas condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. O prazo de execução é de 365 dias, pela empresa Construções Capela Braga, Lda.

A RUM visitou o CRO de Guimarães onde conversou com a veterinária Guida Brito, que desde 2005 trabalha no local. 


“Há muito que sonhávamos com ele (novo canil) e depois passamos a ansiar”, confessa.

As obras que irão tornar o CRO de Guimarães num canil adaptado às exigências do século XXI, nomeadamente, como resposta ao facto de as estadias serem cada vez mais longas. Em média, um canil passa entre 8 meses a 1 ano no canil.

Devido ao início das obras, os cães presentes nas boxes foram colocados empáticos provisórios. “Os animais renascem”, afirma.

O número é bastante volátil, porém, neste momento o CRO de Guimarães contabiliza um total de 60 animais dos quais 20 são gatos. No futuro, a infraestrutura poderá receber mais de 100.

Entre as novidades, com o intuito de tornar a adoção mais responsável, está prevista a construção de um novo espaço que permitirá a sociabilização do adotante com os animais a adotar. O espaço foi pensado para replicar o ambiente de uma casa, desta forma é possível ter uma primeira noção do comportamento do animal. Algo importante, pois “nos corredores ou na sala de espera os animais não estão focados no adotante”, visto que as distrações são várias. Além disso, o equipamento terá um acesso ao exterior que permite observar o comportamento do animal dentro e fora de casa.

Outra das funcionalidades está relacionada com o período de fim de vida do animal. “Os animais não duram para sempre e há situações em que é preciso recorrer à eutanásia como alívio do sofrimento. Será para fazer nessa sala, pois têm todo o direito de ser tratados com dignidade até ao fim e junto do seu tutor”, explica.

A sustentabilidade do edifício não foi colocada de parte. Será instalado um sistema de recolha e armazenamento de águas pluviais, para reutilização na rega das áreas verdes e na lavagem dos espaços utilizados pelos animais.

O CRO de Guimarães conta com uma equipa composta por seis profissionais: veterinária, enfermeira, tratadores, gabinete administrativo e engenheiro ambiental.

O canil/gatil de Guimarães está aberto de segunda a sexta-feira entre as 9h30 e as 12h00 e da parte da tarde das 14h00 às 15h30 para visitas e adoções. Ao sábado, o funcionamento é das 9h30 às 11h30.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Sérgio Xavier
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