CTB sem despedimentos durante a pandemia

A Companhia de Teatro de Braga (CTB) ultrapassou a pandemia de covid-19 sem despedimentos. Os dados foram apresentados pelo diretor, na sessão de apresentação da programação e projetos para 2021, esta segunda-feira.

No total, a CTB contratou mais três pessoas, ao longo do desafiante ano de 2020. Quanto às finanças da estrutura, Rui Madeira refere que estão “controladas”, sendo que as verbas têm, em primeiro lugar, de dar resposta aos salários e despesas com as produções da autoria da estrutura.

“Nós pagamos cerca de 8 mil euros à Segurança Social. 29% do financiamento que recebemos do Ministério da Cultura acaba por voltar para as mãos do Estado”, sustenta.

Ao longo de 2020, a Companhia de Teatro de Braga conseguiu apresentar 70 representações, 50 no Theatro Circo, realizou 20 digressões nacionais e uma internacional. A estrutura acolheu cinco espetáculos nacionais e estrangeiros e promoveu nove ações de formação com aproximadamente 120 participantes.

No total, foram 20 mil as pessoas que foram impactadas pela programação da Companhia. Rui Madeira recusa o regresso da programação da CTB ao digital.

Theatro Circo pode vir a ser contemplado com envelope financeiro considerável num futuro próximo.


Segundo o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, o Ministério da Cultura e a Direção-Geral das Artes estão a trabalhar em duas iniciativas que vão ajudar o setor da cultura e, em especial, o Theatro Circo.

Em cima da mesa está a possibilidade de assegurar a contratualização, a 4 anos, com os agentes culturais algo “muito bem-vindo” na ótica do edil bracarense. Além disso, o autarca declara que “há uma intenção de não olhar, pela primeira vez, para a cultura de uma forma centralista”. O novo decreto vai permitir que equipamentos como o Theatro Circo venham a usufruir de financiamento por parte do Ministério da Cultura para desenvolver a sua programação. Um gesto que Ricardo Rio descreve como “revolucionário”.

O envelope financeiro que poderá chegar ao equipamento cultural bracarense não está fechado, mas o autarca anuncia que poderá representar “algumas centenas de milhares de euros”.

Os critérios que estão a ser utilizados no processo de pré-qualificação estão relacionados com a capacidade de acolhimento, recursos humanos, materiais, entre outros.

Ricardo Rio acredita que o Theatro Circo está “na primeira linha dos equipamentos que podem vir a cumprir o máximo de critérios em termos de elegibilidade”. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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