Défice orçamental foi de 5,4% do PIB nos primeiros seis meses de 2020

A pandemia atirou Portugal para a recessão económica e fez disparar as despesas ao mesmo tempo que contraiu as receitas públicas. Projecção mais recente do Governo aponta para défice em torno de 7% no conjunto de 2020.

O défice orçamental disparou para 5,4% do PIB no primeiro semestre deste ano. O número foi revelado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e evidencia já as consequências da pandemia de covid-19 nas contas públicas portuguesas. O impacto fez-se sentir sobretudo no segundo trimestre, quando o défice atingiu os 10,5%.

Conforme explica o INE, a degradação significativa do saldo orçamental está diretamente relacionada com a pandemia de covid-19. No primeiro trimestre do ano, o défice tinha sido de 1,1% do PIB, mas no segundo trimestre, quando se viveu o período mais agudo do confinamento adotado para travar os contágios, o défice disparou para 4.858,2 milhões de euros – um agravamento muito significativo quando comparado com o período homólogo (um défice de 1.188,7 milhões de euros).

No segundo trimestre, a receita pública caiu 10,5% e a despesa aumentou 6,5%. Só em subsídios pagos pelas administrações públicas, uma rubrica que reflete, por exemplo, os apoios pagos a empresas e famílias e onde estão incluídas medidas para amparar os efeitos económicos da covid-19, foram gastos 1.045,1 milhões de euros, quase seis vezes mais do que no mesmo período de 2019.

No Orçamento do Estado suplementar, o ministro das Finanças, João Leão, previu um défice de 6,3% para o conjunto do ano de 2020. Mais tarde, na sequência das alterações introduzidas à lei pelos partidos da oposição, reviu a sua projeção para um défice de 7% do PIB.

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