DGS admite regime especial para grupos de risco no regresso às aulas presenciais

A directora-geral da Saúde refere que estão a ser estudadas situações específicas para estudantes e docentes que se encontram em grupos de risco. Na conferência de imprensa diária sobre o estado da Covid-19 em Portugal, Graça Freitas explicou que pode ser necessário avaliar “quase caso-a-caso”.
De acordo com a imprensa nacional, as aulas presenciais para o 11º e 12º anos devem ser retomadas a partir de 18 de Maio – o primeiro-ministro já tinha dado a garantia que o regresso às escolas para estes anos de escolaridade ia acontecer no próximo mês.
Destacando que “há um conjunto de regras básicas que serão aplicadas às escolas”, como o distanciamento social e a utilização de material de protecção, a responsável máxima da DGS avisa que é necessário ter em atenção “a questão dos docentes e dos discentes que podem ser mais vulneráveis”.
No caso dos professores, Graça Freitas explica que, além da faixa etária, é preciso olhar para os que têm “patologias que justifiquem alguma situação específica”. Em relação aos estudantes, “alunos imuno-deprimidos ou com uma doença de base grave poderão ter também um regime de excepção”.
Nova norma da DGS “não tem nada a ver com a disponibilidade de testes”
Na próxima terça-feira entra em vigor uma norma da DGS que prevê que doentes com Covid-19 que estão a ser tratados e acompanhados em casa passem a ser considerados curados após um único teste negativo e não dois, como acontecia até agora. Só no caso dos doentes que estão hospitalizados se mantém a regra dos dois testes.
Graça Freitas refere que a DGS está a seguir as conclusões dos mais recentes estudos sobre a matéria, que indicam que “o número de partículas virais na orofaringe e na nasofaringe é muito pequeno na altura em que é feito o teste, não apresentando evidência de que se replique”.
Assim sendo, a directora-geral da Saúde garante que esta decisão “não tem rigorosamente nada a ver com a disponibilidade de testes” no país.
