DGS pondera diminuir tempo entre doses da vacina AstraZeneca

O secretário de Estado da Saúde afirmou hoje que a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a comissão técnica de vacinação ponderam diminuir o tempo entre as doses da vacina AstraZeneca contra a covid-19.

“Essas dúvidas continuam do ponto de vista técnico. Ainda há pouco tempo se falava na possibilidade de alargar o tempo das doses em função daquilo que era a questão da imunidade, portanto, promovia maior imunidade se fossem mais afastadas as doses”, argumentou António Sales, em declarações aos jornalistas numa visita a Santa Cruz da Trapa, em São Pedro do Sul.

E acrescentou: “Hoje diz-se o contrário, nomeadamente em relação a uma variante, a variante Delta [associada à Índia], e, por isso, essa é também uma questão técnica que a DGS e a comissão técnica de vacinação estão a ponderar”.

De acordo com um estudo publicado na segunda-feira pelas autoridades de saúde britânicas, duas doses das vacinas Pfizer ou AstraZeneca protegem mais de 90% contra hospitalizações em caso de infeção com a variante Delta do novo coronavírus, associada à Índia e potencialmente mais contagiosa.

O estudo Public Health England (PHE) aponta para 96% de proteção contra hospitalizações após duas doses no caso da vacina Pfizer e 92% para a AstraZeneca.

Uma análise de PHE anterior mostrou que duas doses da vacina protegem da variante Delta de forma tão eficaz como a Alpha, associada ao Reino Unido, mas não uma única dose.

Segundo Mary Ramsay, responsável pela vacinação PHE, “é absolutamente vital receber ambas as doses assim que forem oferecidas para obter a máxima proteção contra todas as variantes existentes e emergentes”.

A comissária europeia para a Saúde disse na terça-feira que estão a surgir provas que demonstram que a variante Delta do coronavirus SARS-CoV-2 “diminui a força do escudo protetor” criado pelas vacinas, instando à aceleração da vacinação completa da população.

“Têm surgido provas de que as variantes – nomeadamente a variante Delta – diminuem a força do escudo protetor fornecido pelas vacinas, especialmente quando a vacinação ainda não é completa. É, portanto, crucial que o maior número possível de cidadãos seja vacinado contra a covid-19, e que seja totalmente vacinado o mais rapidamente possível”, disse Stella Kyriakides.

c/ Lusa

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