Diretor da AEB considera o OE 2026 “quase como uma oportunidade perdida” para as empresas

O diretor geral na Associação Empresarial de Braga diz que o Orçamento de Estado para 2026 “traz grandes novidades e, sobretudo para as empresas, parece no fundo quase como uma oportunidade perdida”. Aos microfones da RUM, Rui Marquesrefere, entretanto, que o documento apresenta uma projeção da diminuição da dívida pública e um crescimento do investimento público.

O Orçamento foi viabilizado na generalidade graças à abstenção do PS, apesar dos votos contra do Chega, Iniciativa Liberal e dos partidos da esquerda. Para o representante dos empresários, o orçamento faz um exercício de equilíbrio orçamental, que considera “positivo”, e traz um “reforço do investimento público”. “Diria que os bons sinais quase que acabam aqui, porque de facto este orçamento de Estado não traz grandes novidades e sobretudo para as empresas parece-nos no fundo quase como uma oportunidade perdida”, lamenta.

Para o representante dos empresários, há setores que merceiam maior atenção do governo, como as tributações autónomas, que, segundo Rui Marques, o governo tinha compromisso “para reduzir estas tributações autónomas e isto não foi concretizado”. Faltam, na sua ótica, incentivos “eficazes para ajudar à capitalização e à recapitalização empresarial”, critica, ainda, a ausência de “medidas específicas” que permitam e estimulem o investimento produtivo, em inovação e na qualificação das empresas.

Rui Marques sublinha ainda que a Associação Empresarial tem feito “chegar ao Governo” medidas e propostas que levem a um “maior apoio ao investimento” das empresas. Estes projetos são levados ainda às duas confederações que integram, quer a Confederação Empresarial Portugal, quer a Confederação do Comércio e Serviços Portugal, que “têm mais facilidade para defender estas propostas junto da tutela”.