Diretora da DGS desafia UMinho a disponibilizar guias aos países da CPLP

A Diretora-Geral da Saúde (DGS) desafiou a Universidade do Minho a divulgar os dois Guias de Comunicação em Saúde pela comunidade do mundo lusófono.

Graça Freitas marcou presença, esta terça-feira, na Galeria do Paço para a apresentação destas ferramentas que irão permitir uma melhor implementação do Plano Nacional de Saúde 2030.

Para a diretora esta foi uma “parceria feliz” que culminou num trabalho “extraordinário”. “Só as coisas muito bem pensadas conseguem ser transmitidas de forma tão clara”, afirma. Devido à qualidade dos guias, Graça Freitas recomenda uma divulgação, não só junto dos 10 milhões de portugueses, como com as dezenas de milhões de pessoas que compõem a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

No futuro próximo, a ainda diretora da DGS garante que as equipas de saúde vão poder beneficiar de profissionais de comunicação, de modo a facilitar a transmissão de mensagens. Um processo que classifica como “natural”, visto que, cada vez mais, as equipas devem ser multidisciplinares.

Guias de Comunicação em Saúde já estão disponíveis para consulta em formato digital.

Três investigadoras do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho (CECS) e duas alumni construíram, desde 2019, dois Guias de Comunicação em Saúde que irão facilitar a implementação do Plano Nacional de Saúde 2030.

As ferramentas respondem a questões relacionadas com a implementação do plano, criação de suportes de comunicação validos e eficazes e que auxiliam na envolvência de uma determinada comunidade.

Ana Duarte Melo, uma das investigadoras que esteve envolvida na concessão dos documentos, frisa que estas são ferramentas que foram elaboradas a pensar nos profissionais de saúde e nos seus problemas.

Desafiada com um problema real, nomeadamente, fazer chegar uma informação mais clara ao utente, a docente recomenda a “desconstrução” da questão em “pequenos problemas”. “A comunicação não é um genérico, mas de alguma forma pode ajudar a mitigar situações de desequilíbrio”, explica.

Ancorado nas boas práticas internacionais, estes guias pretendem também envolver a comunidade, como um todo, no PNS, pois “todos somos agentes e atores de saúde”.

De realçar que quer o Guia de Boas Práticas quer o Guia de Comunicação – Áreas Especializadas serão, ao longo do tempo, alvo de atualizações.