PSD Braga quer segundo mandato de Marcelo com Governo diferente

A Comissão Distrital de Braga do PSD quer Marcelo Rebelo de Sousa a presidir o país nos próximos cinco anos mas com um governo diferente. A estrutura social-democrata reuniu-se ontem à noite e as concelhias do distrito aprovaram o apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à presidência da República.
À RUM, o presidente da Comissão Distrital, Paulo Cunha, diz que o actual chefe de Estado deve recandidatar-se às eleições de Janeiro e ter um segundo mandato “mais fácil” com “um quadro parlamentar e um governo diferentes”.
“Foi um governo que deu muito trabalho, pela sua inconstância, incoerência e superficialidade, e que obrigou o Presidente da República a ser ele mesmo o suporte da estabilidade governativa”, atira o também presidente da Câmara de Famalicão que perspectiva eleições antecipadas a breve trecho.
“Já se percebeu com a discussão actual do Orçamento do Estado que, ao contrário da legislatura anterior, não existe no quadro parlamentar um apoio tão estável [à esquerda]. O cenário de eleições antecipadas pode colocar-se, não provocado pelo Presidente da República mas por força de ausência de apoio parlamentar às políticas governativas”, refere, apontando que, caso de verifiquem eleições antecipadas, as mesmas “possam trazer um Governo com políticas mais acertadas”.
Numa avaliação aos cinco anos de presidência de Marcelo, Paulo Cunha diz que o mandato “foi pleno de sucesso” num contexto “de enorme grau de dificuldade”. “Presidiu com um governo minoritário e com a crise pandémica”, lembra, apontando que “não há mais ninguém em Portugal em condições de ter tal desempenho”.
O Presidente da República já informou que só decide se avança para mais um mandato depois de convocar as eleições presidenciais para 2021, que devem ser marcadas para “a segunda ou terceira semana de Janeiro”. Ana Gomes, com alguns apoios da ala mais à esquerda do PS, Marisa Matias, apoiada pelo BE, João Ferreira, apoiado pelo PCP, Tiago Mayan Alves, da Iniciativa Liberal, e André Ventura, apoiado pelo Chega, são alguns dos candidatos apoiados por partidos com assento parlamentar já conhecidos às presidenciais. Marcelo deve decidir se avança no final deste mês.
