“É importante que a obrigatoriedade do teletrabalho caia o mais rapidamente possível”

O diretor-geral da Associação Comercial de Braga (ACB) alerta para o impacto negativo do teletrabalho na dinâmica do setor. A reação surge depois das medidas anunciadas esta quinta-feira pelo Governo para a próxima fase do plano de desconfinamento.

Nas próximas duas semanas, até 16 de maio, o regime continua a ser obrigatório, sendo que essa medida vai manter-se até ao final do ano nos concelhos considerados, em cada momento, de risco elevado, muito elevado e extremo. O modelo só não se aplica em casos em que o trabaho presencial é a única solução. 


Segundo Rui Marques, “a cidade de Braga tem sentido imenso a falta de um conjunto alargado de pessoas que ainda se mantêm em teletrabalho e que, por isso, não circulam nas ruas, não fazem acontecer comércio e não fazem acontecer restauração”.

Referindo que “já não se justifica” manter esse modelo e que “as empresas estão preparadas para agilizar soluções híbridas”, o responsável da ACB salienta que é “muito importante que a obrigatoriedade do teletrabalho caia o mais rapidamente possível”.

ACB elogia antecipação da próxima fase do desconfinamento e da reabertura das fronteiras terrestres

A partir de sábado, de acordo com as medidas anunciadas pelo Governo, restaurantes, cafés e pastelarias podem estar abertos até às 22:30 durante a semana e ao fim de semana (limite máximo de seis pessoas por grupo no interior dos espaços e de dez por grupo nas esplanadas). Já os estabelecimentos comerciais passam a poder funcionar presencialmente até às 21:00 durante a semana e até às 19:00 ao fim de semana.


Rui Marques aplaude a decisão, que foi antecipada dois dias em relação ao que estava previsto num primeiro momento. Para o diretor-geral da ACB, este é “um sinal positivo que se dá à comunidade”. “Por um lado, isto quer dizer que a pandemia se mantém controlada e, por outro, que esta medida de restrição do funcionamento das atividades comerciais e da restauração era incompreendida e de eficácia duvidosa”, refere, salientando a importância da influência das associações empresariais junto do Governo.


Volta a ser também permitida a abertura de fronteiras terrestres com Espanha, algo que é “verdadeiramente importante”, de acordo com o responsável. Rui Marques lembra que a região “beneficia muito do tráfego de espanhóis, sobretudo provenientes da Galiza, que se gera” e que essa restrição estava a ser “altamente limitadora”.

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Tiago Barquinha
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Sara Pereira
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