“É preciso intervir nas empresas. Às vezes já não há onde cortar”, avisa ACB

Quase 40% das empresas de restauração admitem insolvência. Com quebras de faturação acentuadas em Agosto e as perspetivas negativas para setembro, várias empresas de restauração e de alojamento turístico admitem avançar para insolvência, segundo o mais recente inquérito mensal realizado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), praticamente 40% das empresas de restauração admite seguir para insolvência.

Em Braga, o director-geral da Associação Comercial de Braga (ACB) assume que a situação não é a melhor e sustenta que o governo não pode voltar a encerrar o comércio como aconteceu no primeiro pico da pandemia. Alertando que é “preciso intervir nas empresas” porque “às vezes já não há onde cortar”, o responsável sublinha que a viabilidade das empresas do sector da restauração está muito difícil”. 

“A maior parte das vezes as empresas já estão reduzidas ao mínimo, nas rendas não é fácil, na qualidade dos produtos também não se pode cortar e não estamos em contexto de aumentar preços”, lembra.

Desde o processo de desconfinamento que a retoma “está a ser muito mais lenta do que era desejável”. Ainda que assuma “uma franca recuperação mês após mês”, em Julho, as quebras de facturação face ao mesmo mês do ano anterior eram na ordem dos 15%, apesar de ter sido o melhor mês desde o início da pandemia. Agosto ainda não entra nas contas, já que essa avaliação só poderá acontecer nas próximas semanas.

Rui Marques assinala que num sector “com muita concorrência e margens relativamente baixas na generalidade dos casos”, a sustentabilidade “está deveras difícil”. 

“As pessoas às vezes não compreendem, mas quebras de facturação de 15% ou 20% tem um impacto brutal numa empresa”, conclui.

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Elsa Moura
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