“A sede do MIT é um espaço para criar mais e melhor emprego com mais ciência”

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destaca o papel que a nova sede do MIT Portugal terá na ligação entre a área científica e o tecido empresarial. O espaço localizado no Campus de Azurém da Universidade do Minho foi inaugurado esta segunda-feira.

Instalado anteriormente no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, o projecto que é desenvolvido em parceria com o MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, dos Estados Unidos da América, o governo português e várias entidades nacionais, privadas e públicas, está agora centrado em Guimarães.

Reconhecendo “o esforço da Universidade do Minho em dar uma grande abrangência ao espaço”, Manuel Heitor refere que esta valência vai permitir “a criação de mais e melhor emprego com mais ciência”. “Haverá aqui uma relação de interface entre as empresas e o sector da investigação, cujo resultado será a valorização científica e económica”, acrescenta.

Na mesma linha, o reitor da academia minhota salienta que “o investimento científico em projectos de colaboração com empresas, que impulsionam a capacitação do tecido económico, é uma área em que a Universidade do Minho sempre se afirmou”. Rui Vieira de Castro fala de “uma convergência natural de objectivos”, considerando, por isso, “natural” que a instituição de Ensino Superior se envolva nesta iniciativa.


Projectos do MIT Portugal direccionam-se para relação entre o ser humano e o planeta

O MIT Portugal tem neste momento sete projectos bandeira previstos para os próximos três anos, que conta com um orçamento total a rondar os 15 milhões de euros. Para o período 2020/2023, o programa aposta em quatro áreas: alterações climáticas, sistemas terrestres (Oceanos e Espaço), transformação digital e cidades sustentáveis, todas elas com abordagens e metodologias ancoradas em ciência de dados.

Pedro Arezes, director do MIT Portugal e presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, explica que os projectos relativos à interacção entre o ser humano e o meio ambiente são “uma prioridade para o programa”, destacando “a sensibilidade dos jovens” para esse tipo de questões. “Olhando para as bolsas de doutoramento que damos, percebemos que estas áreas são muito atrativas para essa faixa etária”, refere.

A pandemia resultou de uma nova era de doenças zoonóticas, que são impulsionadas, de acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por “um desequilíbrio entre a interacção humana e o planeta”. Por essa razão, Manuel Heitor destaca a importância de os projectos do MIT Portugal serem “vocacionados para criar um futuro melhor”, tendo em conta “o impacto da actividade humana e todas as alterações, incluindo as climáticas, que estão a acontecer”.

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Tiago Barquinha
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