Eleições antecipadas não interferem na constituição da ULS Braga em janeiro

A fusão do Hospital de Braga, do Aces de Braga e do Aces Gerês Cabreira, que vai resultar na Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga, terá como primeira responsabilidade, em janeiro de 2024, assegurar o pagamento de todos os salários a todos os trabalhadores, que passam a constar na mesma base de dados.
Depois de mais uma reunião de trabalho com os responsáveis das diferentes equipas, na última semana, o membro da comissão executiva, João Porfírio de Oliveira, assume que o trabalho é “exigente”, mas estão a ser dados os passos certos, e assegura que a equipa de trabalho não pode estar preocupada com as eleições legislativas de março de 2024.
Todos os profissionais ligados aos centros de saúde e do hospital serão inseridos numa única base de dados e, também por isso, a primeira responsabilidade da ULS será o processamento de salários “sem ninguém ser esquecido e sem nenhum erro de processamento”, admite. “Acaba por ser fundamental a deteção destes problemas que envolve não só o hospital, mas também os ACES e a ARS-Norte para que depois a ASPMS (Associação de Servidores Públicos Municipais de Saúde) consiga fazer toda a fusão desta informação”, esclarece.
A ULS pretende integrar cuidados e melhorar os cuidados de saúde para o utente, no entanto, “a primeira preocupação, numa primeira fase é garantir que, no mínimo, os utentes tenham o mesmo nível de serviço que tinham até agora”, nomeadamente assegurando que todos os materiais continuam a chegar para que os profissionais tenham condições para desempenhar funções da melhor maneira”, isto porque a central de compras passará a ser a mesma.
Até 31 de dezembro, as atividades do Hospital de Braga, do ACES de Braga e do Aces de Gerês Cabreira serão alocadas à mesma estrutura. Em janeiro, a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde deverá nomear o novo conselho de administração da ULS Braga.
Com um governo demissionário e eleições legislativas marcadas para 10 de março de 2024, João Porfírio Oliveira assegura que o programa que está a ser desenhado não deverá carecer de qualquer alteração resultado da composição de um futuro governo. “O decreto lei diz que os conselhos de administração continuam para 1 de janeiro, naturalmente que esperamos que seja esclarecida a situação o mais rapidamente possível. O nosso foco é que a entidade esteja a trabalhar”, responde. Já sobre o risco de um conselho de administração da ULS Braga sem a presença dos atuais responsáveis do Hospital de Braga, do ACES-Cávado I ou Gerês Cabreira, o presidente do conselho de administração do Hospital de Braga refere que todos os elementos estão “tranquilos e a fazer o que lhes compete”, conscientes de que nestas funções “o lugar está sempre à disposição” e de que “em qualquer momento pode haver alterações”.
A ULS de Braga será constituída pelo Hospital de Braga, o ACES do Cávado I e o ACES do Cávado II, e servirá 317 766 utentes de seis municípios pertencentes ao distrito de Braga, nomeadamente Amares, Braga, Póvoa do Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde.
