Em Braga, João Ferreira criticou Marcelo: “O maior consenso está na Constituição”

O candidato presidencial João Ferreira criticou hoje, em Braga, a atuação de Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente na necessidade que o atual Presidente da República diz ter em encontrar consensos políticos.
“Há quem passe a vida a falar em consensos, que é preciso um consenso aqui ou ali”, começou por apontar o candidato do PCP, acrescentando depois que “não pode haver maior consenso do que a lei fundamental do país, a Constituição”.
Perante pouco mais de 40 apoiantes no auditório da União de Freguesias de Merelim S. Paio, Panóias e Parada de Tibães, João Ferreira foi novamente atrás do seu lema de candidatura, o de “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição”, e referiu que Marcelo “põe em pé de igualdade o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os grupos privados que fazem negócio com a doença”.
O candidato enfatizou que “a Constituição diz que todos têm direito à saúde através do SNS e não àquela ideia do sistema nacional de saúde, de que tanto tem falado o candidato e atual Presidente da República”.
Sobre a pandemia, o comunista reforçou que as “equipas de rastreio das autoridades de saúde deviam ter sido reforçadas” atempadamente e apontou que “o desemprego e a desvalorização da produção nacional” aumentaram com a crise sanitária.
Referindo-se ainda à decisão de hoje do Governo de fechar as escolas, João Ferreira voltou a dizer, tal como havia defendido esta tarde em Gaia, que “não é justo que seja cortado um terço do salário aos pais que tenham de ficar com os filhos em casa”.
Naquela que foi uma das suas últimas ações de campanha, o candidato do PCP assegurou, numa declaração que pode ser entendida como um ataque aos adversários na corrida além de Marcelo, que não vai “desaparecer de uma luta em que todos são necessários e que vão exigir outros passos depois de domingo”.
Carlos Almeida também criticou Marcelo
Carlos Almeida, vereador da CDU na Câmara de Braga e mandatário da concelhia da candidatura de João Ferreira, discursou antes do candidato, deixando também reparos à atuação de Marcelo em relação aos jovens.
“Braga é um dos concelhos mais jovens do país e, destes, são milhares os que vivem na precariedade. São jovens que ficaram numa situação mais difícil porque Marcelo promulgou as alterações às leis laborais, alargando o período de trabalho experimental”, criticou.
