Alargamento das esplanadas não agrada a todos os empresários da restauração
Os empresários da restauração do centro de Braga não consideram que o aumento das esplanadas vá amenizar o impacto da medida imposta pelo Governo, que obriga aos clientes apresentarem um teste negativo ou certificado digital para consumir uma refeição no interior de um restaurante.
Depois de um apelo feito pela União de Restaurantes do Minho (URMinho), a Câmara de Braga admitiu encerrar ruas com o intuito de aumentar o número de esplanadas, apesar de só se ter registado um pedido, até ao momento.
A RUM foi ao encontro de alguns empresários do setor perceber que impacto teria esta medida.
Marcelo Sousa é proprietário de um restaurante no centro da cidade e considera que a medida “seria boa”, no seu caso, mas, revelou, “a resposta da Câmara leva dois meses”. O empresário fez o pedido há uma semana e só conta receber resposta já perto de Setembro, mês para o qual Graça Freitas apontou, este domingo, “alívio das medidas”.
Esta não é a primeira vez que o empresário pede autorização camarária para alargamento da esplanada, mas, da primeira vez, o pedido foi rejeitado. A nega, apontou, “demorou dois meses”.
Já Inês Machado não vê como muito vantajoso este alargamento, porque as pessoas só recorrem às esplanadas se o tempo convidar a isso e “há restaurantes que nem têm”. “A esplanada requer outro tipo de serviço, por exemplo, implica mais um funcionário e mais iluminação, e acho que é preferível servirmos menos e bem, do que alargar e não ter estrutura”, afirmou. A proprietária adaptou o espaço interno do estabelecimento, colocando “tampos das mesas antibacterianos e espaçamento de dois metros”. “Preparamos o espaço todo e, agora, não podemos receber cá dentro, quando não é aqui que o vírus se transmite, mas em contexto familiar”, lamentou.
A opinião é partilhada pela gerente de um restaurante italiano da cidade, Noemia Antonucci, que considera que o alargamento “não é uma grande ajuda”. “O que pode mesmo ajudar é o alargamento do horário de funcionamento”, frisou.
