Empresários do Minho avisam que o país não pode ficar em suspenso

Os empresários do Minho avisam que o funcionamento normal do país não pode ser colocado em causa com o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, apelando para isso à responsabilidade dos agentes políticos.
Ainda que considere “normal em democracia” o que ontem aconteceu no Parlamento, Ricardo Costa, presidente da Associação Empresarial do Minho (AEMinho) pede aos políticos “que independentemente deste chumbo, agora exista a responsabilidade de fazer cumprir um conjunto de ações que estão já em movimento”, nomeadamente o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Os empresários avisam que o país “não pode ficar em suspenso”, sugerindo “consenso”, sobretudo em tudo o que se refere à recuperação pós-pandemia.
Numa análise à proposta de OE apresentada pelo Partido Socialista para 2022, e que esta quarta-feira foi chumbada no Parlamento, o presidente da AEMinho admite que “não era um bom orçamento” porque “não promovia a recuperação económica e estava condicionado por um conjunto de propostas dos partidos mais à esquerda”. Ainda assim, Ricardo Costa sublinha que os empresários “não ficam satisfeitos com o chumbo”.
“O que gostávamos era que tivesse existido a capacidade negocial do governo com os restantes partidos que fazem parte da Assembleia da República (AR) de forma a aprovar um orçamento que promovesse o crescimento económico, promovesse o enriquecimento do país e, em alguns pontos, isso não acontecia”, analisou.
Já sobre a proposta de aumento do salário mínimo nacional para o arranque de 2022, o representante da AEMinho refere que “é válida” defendendo o seu aumento gradual até atingir “os níveis dos restantes países da Europa”, no entanto, alerta que a proposta não pode ser analisada de forma isolada, já que “não se pode aumentar o salário mínimo e continuar a asfixiar as empresas com mais e mais impostos, mais e mais taxas”.
