Escolha de reitor, envelhecimento e investigação marca debate entre listas ao conselho geral

Os critérios para a escolha do reitor, o envelhecimento da classe docente ou a investigação foram alguns dos temas abordados esta segunda-feira no debate de mais de duas horas que opôs as listas A e B às eleições para os representantes dos professores e investigadores do conselho geral da Universidade do Minho.
Sobre os critérios para escolha do reitor, cargo atualmente ocupado por Rui Vieira de Castro e figura que tem o apoio da lista B para uma eventual reeleição, Ana João Rodrigues, investigadora e representante da lista B, traçou o perfil identificado pela sua lista: “o reitor tem de ser uma pessoa experiente no terreno e aberta à mudança e ao diálogo”.
Na resposta, o porta-voz da lista A, Tiago Miranda, referiu que “é preciso protagonizar uma mudança, com novas pessoas” e assinalou que “a experiência tem de estar associada à competência”, acusando Rui Vieira de Castro, e a sua equipa reitoral, de “não ter competência necessária para resolver os problemas” da Universidade.
Tal como adiantou à RUM esta manhã, a sua lista identifica as docentes Helena Sousa e Maria Clara Calheiros como tendo os perfis ideais à liderança da reitoria.
Sobre o envelhecimento, Tiago Miranda disse tratar-se de “um problema gravíssimo” e, recorrendo a dados, antecipou que “70%” da classe docente vai abandonar a instituição minhota “nos próximos 16 anos”, situação que pode contribuir para “o fecho de algumas unidades orgânicas”.
Já o responsável da lista B, Luís Amaral, considerou que “o financiamento é o principal obstáculo” à renovação da classe docente com a entrada de novos quadros e a negociação de reformas antecipadas.
Sobre a investigação, a lista A, pela voz de Tiago Silva, atirou que “não se vê” vontade da Universidade do Minho em apostar na investigação, referindo que é necessário “facilitar a execução de projetos”. O responsável sublinhou que é urgente “um planeamento a médio longo prazo” na área, opinião sobre a qual houve concordância do outro lado.
A investigadora e representante da lista B, Ana João Rodrigues, enfatizou que “o subfinanciamento da universidade impede, muitas vezes, a contratação de investigadores”, defendendo “a renegociação da transferência de verbas diretamente do Orçamento do Estado para a Universidade do Minho”.
Hoje é o último dia de campanha às eleições do conselho geral da Universidade do Minho. O sufrágio acontece na quarta-feira, via digital, na plataforma da UMinho Evotum.
