Escolas devem proibir atividades no exterior devido à falta de qualidade do ar

As escolas devem proibir as atividades no exterior durante este período de incêndios. A recomendação é da pneumologista do Hospital de Braga, Diana Pimenta. Apesar de a Direção-Geral da Saúde ter lançado um documento com indicações, as mesmas não foram direcionadas para as escolas, algo que na ótica da especialista seria importante.
“Nesta fase é fundamental que não tenham atividades fora de casa”, declara. “A patologia respiratória está presente em algumas crianças. Todas devem ser protegidas”, acrescenta.
A população, no seu todo, deve evitar realizar atividade física ao ar livre. Para que não entrem partículas nocivas dentro das habitações, é recomendado que as portas e janelas sejam fechadas.
Nos próximos dias, devido às grandes quantidades de poluentes atmosféricos é recomendado que as pessoas utilizam máscara para andar na rua. A hidratação é outro dos cuidados essenciais apontados. Quem tiver purificadores de ar em casa deve utilizar os mesmos.
A ULS de Braga já tem registado uma maior afluência ao serviço de urgência ou procura por consulta, principalmente, de utentes com patologias respiratórias. A pneumologista apela a que estes doentes que façam a sua “medicação habitual de forma rigorosa”, tendo especial atenção a sinais de alerta, nomeadamente, agravamento da falta de ar e tosse. Nesse caso, “as pessoas devem fazer a sua medicação de SOS, além da habitual”. Caso não veja melhorias, o melhor será procurar ajuda médica.
Nos locais em que existem incêndios ativos e em que existiu “inalação de fumo” pelo combate às chamas, a população deve estar atenta a cidadãos que tenham um “discurso confuso, apresentem dificuldades em respirar, lábios cianosados (cor azul a roxa) ou estejam sonolentos”, devem ser reencaminhados para uma unidade de saúde para observação.
De frisar que a poluição do ar pode “enfraquecer o sistema imunitário e aumentar a vulnerabilidade a infecções respiratórias”. Além disso, a exposição prolongada à poluição do ar pode “aumentar o risco de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais”.
