“Esperamos que a negociação vingue, mas a situação no terreno não aponta para isso”

A questão dos corredores humanitários deverá ser um dos temas abordados na terceira ronda de negociações entre a Ucrânia e a Rússia, que decorre na tarde desta segunda-feira na Bielorrúsia. A perspetiva é de Sandra Fernandes, professora do departamento de Ciência Política da Universidade do Minho.

De acordo com a imprensa internacional, o governo russo tem quatro exigências: o estatuto “neutro e não nuclear” da Ucrânia, a “desmilitarização obrigatória” e “desnazificação” do país, o reconhecimento da anexação russa da Crimeia e a soberania das regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk.

Em declarações à RUM, a especialista em Relações Internacionais refere que “as exigências de Putin não devem ser abordadas”, tendo em conta os acontecimentos mais recentes e visto que “o negociador russo, o mesmo das duas reuniões anteriores, não tem um cargo de alto nível”.

Do lado da Ucrânia, a intenção passa pela criação de corredores humanitários para a saída de civis. Acreditando que essa “questão fundamental” estará no centro das atenções, “face ao drama humano que se vive ”, Sandra Fernandes tem algumas dúvidas sobre o sucesso da reunião. “Esperamos que a negociação consiga vingar, mas a situação no terreno não aponta para essa iminência”, antevê.

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Tiago Barquinha
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