“Espero que haja sensibilidade da parte dos decisores políticos”

As próximas duas semanas serão decisivas para as instituições de ensino superior. Terão início as conversações para negociar os orçamentos das universidades. A informação foi avançada à RUM pelo reitor da Universidade do Minho, à margem da assinatura do protocolo para a atribuição de 12 bolsas a estudantes carenciados, esta terça-feira.


No passado sábado, foram revelados os dados da Direção-Geral do Ensino Superior que faz referência a mais 13 vagas na Universidade do Minho para o concurso nacional de acesso do ano letivo de 2021/2022. Para Rui Vieira de Castro este aumento da oferta é algo “positivo”, visto que significa o “alargamento do campo de possibilidades para aqueles que querem ingressar no ensino superior”.


Contudo, o responsável máximo da academia minhota espera que esse esforço adicional, que a UMinho vai fazendo de forma mais expressiva nos últimos dois anos, pudesse encontrar “algum reconhecimento por parte de quem financia a instituição, designadamente, através do aumento das dotações via Orçamento de Estado”. Caso contrário, esse esforço adicional irá recair “totalmente sobre os recursos humanos e financeiros da UMinho”.

 

Rui Vieira de Castro confessa que espera que “haja sensibilidade da parte dos decisores políticos”, em relação à matéria.


Recorde-se que em 2021, a UMinho recebeu um total de 67.523.321 euros do Orçamento de Estado (OE). Um aumento de aproximadamente 4 milhões de euros em relação a 2020, que foi justificado com a compensação devido à redução do valor das propinas e integração de 100 investigadores que estavam ao abrigo do PREVPAP. No entanto, 59% das verbas chegam de receitas próprias. Deste modo, o montante que chega do Estado Português é “insuficiente” para fazer face às despesas relacionadas com pessoal.


Quanto à diminuição da oferta formativa, a quebra mais acentuada é em Proteção Civil e Gestão do Território, que passa de 30 para 22 vagas. Química perde três, Biologia Aplicada e Educação duas e Biologia e Geologia uma.  Para o reitor tratam-se de “flutuações naturais”.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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