“Este não é o RJIES dos estudantes!”. Presidente da AAUMinho critica governo
O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Luís Guedes afirmou, esta segunda-feira, que a proposta de revisão do Regime Jurídico das Instituições de Educação Superior (RJIES) “é um reflexo da atualidade em que os estudantes são, muitas vezes, desconsiderados”. O representante máximo dos estudantes da academia minhota apelou a que se reconsidere esta percentagem.
Disse também que “os que receiam o resultado de uma maior representatividade estudantil continuam a procurar mecanismos que lhes garantam uma maior capacidade de influência”.
Recorde-se que as associações e federações académicas já se tinham manifestado publicamente contra a proposta que pretende reduzir a representatividade dos estudantes no Conselho Geral da Universidade do Minho.
Luís Guedes avisou: “Este não é o RJIES dos estudantes, não é o RJIES de futuro, inovador e disruptivo, é sim um reflexo da atualidade em que os estudantes são, muitas vezes, desconsiderados”.
No discurso desta manhã, o dirigente da AAUMinho disse esperar que nos processos que se aproximam, “esta tendência seja revertida, na expectativa de que fique cimentada de forma inequívoca a absoluta necessidade de que os estudantes no Ensino Superior tenham uma voz, uma voz que pese na decisão”.
Luís Guedes foi mais longe, recordando “aos presentes que desempenham um papel de decisores na vida da instituição para que se lembrem da sua origem e razão de ser. A passagem de conhecimento e formação de cidadãos competentes, interventivos e humanos, cidadãos comprometidos com a vida e sociedade”.
O presidente da AAUMinho reiterou a necessidade de “integração dos estudantes nos processos de tomada de decisão”, vincando que “será sempre o caminho correto, ao passo que impor bloqueios à sua participação, sejam estes diretos e intencionais ou indiretos e imputados à inércia, se revelará um caminho sombrio para a instituição”.
A finalizar, Luís Guedes evidenciou que “onde há trabalho por fazer, há oportunidade de trabalhar”, lançando o repto “para que este 51º aniversário seja o início de uma era renovada para a nossa casa”.
Notícia atualizada às 15h57
