Estrada Carvalhais diz que UE está agora “mais preparada” para apoiar a pesca

O novo FEAMPA – Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura foi discutido durante a pandemia. Para Isabel Estrada Carvalhais, essa “coincidência” pode ter sido benéfica para o setor.
Em declarações à RUM, na reportagem ‘Setor primário. A raiz que alimenta a economia’, a eurodeputada que integra a Comissão das Pescas abordou o plano para os próximos sete anos, cujo orçamento total ronda os seis mil milhões de euros. A socialista considera que a União Europeia está agora “mais preparada” para ajudar esta atividade económica.
O auxílio à cessação temporária da atividade de navios, uma maior aposta nos apoios para pescadores apeados e mariscadores e verbas anuais em vez de semestrais para os profissionais do setor são algumas das medidas elencadas por Isabel Estrada Carvalhais.
No último ano, em comparação com 2019, a sardinha foi o único tipo de peixe que gerou mais dinheiro nas lotas portuguesas, beneficiando do aumento da cota máxima em 1.300 toneladas. Para o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, deveria haver uma maior liberdade nesta atividade laboral. Nuno Teixeira vinca que Portugal continua “muito dependente do estrangeiro”.
Apesar de contar com um conjunto de portos que, no seu entender, “podia ser porta de entrada de muito pescado”, o sindicalista refere que o país está refém daquilo que designa como “política do garrote”, promovida pela União Europeia. “Com o mar que nós temos, dependemos dos outros para comer peixe?! Temos isto tudo e ainda temos de comprar”, ironiza.
