Exclusões e resistências em cartaz no Lucky Star durante abril

O Luck yStar – Cineclube de Braga apresenta durante o mês de abril uma programação composta por filmes que representam criticamente a vulnerabilidade humana. O ciclo de cinema intitulado ‘(So-bre)vivências num Mundo Inóspito. Olhares sobre exclusões e resistências’ surge de uma parceria do Fórum Cidadania pela Erradicação da Pobreza – Braga e o projeto Migra Media Acts do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, que realizam um Congresso Internacional, entre os dias 29 e 30 de abril, em Braga, com o mote ‘Migrações e comunicação na era planetária: debates e ações’.


Aos microfones da RUM, a programadora do espaço, Jéssica Ferreiro, aponta que apresentam “vários tipos de desigualdade, sejam sociais, socioeconómicas, de classe, de género, de etnia, em relação com as condições políticas e económicas que as criam e as estimulam”. A responsável sublinha que o cartaz pretende “estimular a reflexão e a discussão”.

Para a primeira sessão, está programada a longa-metragem ‘A Flor do Buriti”, que explora três momentos da história do povo Krahô, segundo a responsável, e se passa no Brasil. O filme de 2023, de Renée Nader Messora e João Salaviza, apresenta esta nação indígena que “luta pela liberdade, pelo seu território e que contesta a violência contra o seu povo”.


Na segunda semana, dia 8, Jéssica Ferreiro, adianta que a programação apresenta uma sessão dupla. A longa argentina ‘La Rebelión de las Flores’ apresenta uma história sobre a “ocupação pacífica do Ministério do Interior da Argentina” por mulheres de nações indígenas. Na sequência, a curta-metragem de animação ‘O Teu Nome É’, do realizador Paulo Patrício, que retrata o assassinato da Gisberta Salce Júnior, “uma transexual e sem abrigo que foi brutalmente espancada até à morte em 2006 no Porto”.

Na terceira sessão, ‘Great Yarmouth: Provisional Figures’, de 2022, do realizador Marco Martins, é a proposta para o dia 15 de abril. O filme aborda “a situação socioeconómica dos imigrantes portugueses na Inglaterra e explora as dinâmicas entre migração e exploração laboral”, aponta Jéssica Ferreiro. 

Na semana seguinte, mais uma sessão dupla, com a longa-metragem ‘O outro lado da esperança’, de 2017, de Aki Kalismaki, que aborda a vida do jovem sírio Khaled, “que fugiu da guerra e que chega clandestinamente à Finlândia à procura de asilo”. Na mesma sessão, a curta de 2011, ‘Nha Sunhu’ do realizador português José Magro, no qual entrevista uma personagem chamada Issa, futebolista bissau-guineense que vem jogar em Portugal.

Cabe a longa-metragem “A história do Souleymane”, de 2024, de Boris Lojkine, que “retrata todo o absurdo, a demora e a complexidade dos processos administrativos para se conseguir o estatuto de refugiado”. “É protagonizado por Abou Sangaré, um ator não profissional e cuja experiência de vida inspirou o enredo”, conclui.

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Marcelo Hermsdorf
Marcelo Hermsdorf

Jornalista na RUM

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