Obra do Mercado Municipal já custa perto de 6 milhões de euros

Foi aprovado, esta segunda-feira, um contrato adicional à obra do Mercado Municipal, no valor de cerca de “265 mil 456 euros”. Foram identificados “erros” que levaram a maioria a apresentar, em reunião do executivo camarário, um contrato adicional, o 3.º desde o início da empreitada.


O ponto mereceu a abstenção do PS e CDU. A oposição lembrou que os contratos adicionais “já rondam um milhão de euros”.

Para Carlos Almeida, “numa obra cujo valor final previsto era de 4,5 milhões de euros, é significativa a derrapagem”. “Um milhão dá para muitos investimentos. É com preocupação que vejo esta derrapagem. Não sabemos se acaba por aqui, provavelmente não. Neste momento, penso que já se passaram todos os limites dos valores aceitáveis para alguma execução imprevisível”, frisou o comunista.

O Partido Socialista volta a mencionar os “projectos mal executados” e o “descontrolo orçamental muito grande”. “As obras de reabilitação, tecnicamente, são muito mais complexas do que as novas. Não vamos a tempo de fazer obras com custos controlados, mas vamos estar atentos e ser fiscais deste custo adicional que os bracarenses vão ter que pagar, porque tudo se faz à pressa e sem planeamento”, apontou.

O presidente da autarquia garante que “os limites do agravamento de custos estão dentro das balizas legais e não há nenhuma derrapagem do que poderia ser considerado não aceitável”. Rio explicou ainda que esta verba será aplicada na correcção de “situações que não estavam no projecto e que geram mais despesa do que estava inicialmente prevista”. “Por melhor que seja o projecto não podemos esperar que não seja possível encontrar surpresas no decurso da obra”, afirmou ainda o autarca.

“Theatro Circo custou o dobro do previsto e ninguém criticou essa derrapagem”

Rio comparou ainda a requalificação do Theatro Circo, “que custou o dobro do previsto”, à do Mercado Municipal, alegando que, “na altura, ninguém criticou essa derrapagem, porque se entendia que era um equipamento crucial para o município”. O presidente da autarquia voltou a frisar a impossibilidade, “do ponto de vista técnico e económico, de manter o mercado a funcionar, faseando a obra”.

Depois de já ter sido apresentado um contrato adicional no valor de “249 mil 540 euros” e outro de “421 mil 533 euros”. O terceiro contrato adicional, no valor de cerca de 265 mil euros, foi aprovado esta segunda-feira, em reunião do executivo municipal, com a abstenção do PS e da CDU.

Recorde-se que o custo inicial previsto rondava os “4 milhões e 588 mil euros”. O Mercado deverá abrir portas por altura do S. João.  

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Liliana Oliveira
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Sérgio Xavier
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