Exige-se “um olhar diferente” do Estado Central para Braga

A vereadora da mobilidade em Braga, Olga Pereira, reivindicou esta terça-feira, junto do presidente da Infraestruturas de Portugal, mais investimento na região, nomeadamente em Braga, criticando a centralidade no país e alertando que o dinamismo de Braga devia merecer outra atenção e apesar dos constrangimentos financeiros e da ordem de prioridades do estado central que continuam a adiar uma eventual ligação ferroviária do quadrilátero urbano, “continua a fazer sentido reivindicar esse investimento”. Notando que no que respeita às autoestradas, a região “não está mal servida, mas faz falta um transporte mais eficaz, com maior grau de fiabilidade”.

A responsável mencionou o trabalho conjunto [nomeadamente a análise custo benefício] de Braga e Guimarães tendo em vista a ligação via BRT “tendo em vista ligar também Guimarães de forma mais eficaz àquilo que será a linha de alta velocidade”.

“Braga precisa de recuperar o investimento que aqui não tem sido feito nas últimas décadas”, disse Olga Pereira mencionando que se trata da terceira cidade do país, a que mais cresceu em termos absolutos nos últimos censos. “É necessário perceber-se que os investimentos maioritários do governo de Portugal não se podem confinar às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”. Ainda assim, admite que o investimento da alta velocidade e a estação em Braga “vai repor alguma justiça”.

Na conferência promovida pelo município de Braga conjuntamente com  a CP e com a IP, o presidente da Comboios de Portugal apontou à necessidade premente de aposta na frota para responder à crescente procura e admitiu uma reformulação total dos serviços assim que a linha de alta velocidade seja uma realidade.

Já a construção da linha de alta velocidade entre Porto e Vigo deverá arrancar em 2028 e ficar concluída até 2032, segundo disse também Miguel Cruz, presidente da IP, ele que disse ainda que não está fechada a localização da estação de Braga.

A conferência completa pode ser escutada aqui