Exposição na UMinho mostra os usos e gestão do Ave e Cávado no último século

A Biblioteca Geral da Universidade do Minho, no campus de Gualtar, em Braga, tem patente até 30 de novembro a exposição ‘Conhecer o Arquivo Histórico Hidrográfico do Ave e Cávado’, com uma seleção que mostra os usos e a gestão daqueles rios no último século.
“Esta exposição resulta do trabalho que está a ser feito na Casa de Sarmento com o arquivo da bacia hidrográfica do Cávado e do Ave”, explica à RUM, o diretor da Casa de Sarmento, Antero Ferreira. O espólio engloba mais de 169 mil processos, como mapas, ilustrações, dossiês administrativos, requerimentos, guarda-rios, editais, licenças, transgressões, escrituras, testamentos e amostras.
“É um espólio extraordinário com mais de 100 anos, que tem processos muitas vezes acompanhados de plantas que descrevem o funcionamento mecânico das instalações fabris colocadas junto aos rios. Plantas que têm uma beleza extraordinária, mas também uma informação importantíssima para o estudo da evolução da indústria, e também um aspeto muito curioso que é a localização de moinhos ou de fábricas que, entretanto, desapareceram completamente”, conta.
O público poderá encontrar representações que estão dispersas pelo território minhoto, “desde Barcelos a Braga, Guimarães, Vizela e Fafe”.
O arquivo tem já 2800 imagens digitalizadas para acesso. “O nosso objetivo principal é que esta exposição sirva de estímulo para as pessoas consultarem este arquivo. As pessoas podem visitar e procurar nas suas freguesias, desde que passe lá um destes rios, representações de antigos processos relacionados com a utilização da água”, acrescenta.
A exposição perpassa aspetos sociais, económicos, geográficos e políticos da região, abrindo também a porta a investigações académicas, por exemplo, sobre a pesca, os dispositivos hidráulicos, as cheias ou a poluição naqueles dois caudais.
