Faleceu Francisca Abreu, vereadora da Cultura na Guimarães CEC 2012
Faleceu Francisca Abreu, ex-vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Guimarãe, vítima de doença. A notícia é avançada pela rádio Santiago. Tinha 66 anos.
A militante socialista tinha abandonado a vida activa política em 2017.
Francisca Abreu foi vereadora da Cultura do Município de Guimarães durante a Capital Europeia da Cultura 2012 e secretária da Mesa da Assembleia Municipal no mandato autárquico anterior.
Era docente e desempenhou funções como directora da Escola Secundária Martins Sarmento.
Ainda este ano, a ex-vereadora vimaranense recordava à Agência Lusa o processo de classificação e os passos seguintes. “Depois da classificação do Centro Histórico pela UNESCO como Património da Humanidade, tendo em conta todo o movimento associativo que sabíamos ter e a autoconfiança que construímos, sabíamos que Guimarães 2012 seria um ano de excepção. E assim foi”, lembrou à Lusa a vereadora da Cultura à data, Francisca Abreu.
O caminho “nem sempre foi fácil”, admitiu a responsável, “mas analisando com a devida distância também foram essas dificuldades que levaram a ganhar a capacidade de superar tudo o que era esperado”.
Guimarães 2012 teve dificuldades logo com a equipa e modelo de gestão escolhidos para liderar o projecto.
A opção recaiu sobre a criação de uma Fundação inicialmente liderada por Cristina Azevedo, que acabou por sair em ruptura com a estrutura, depois das críticas das associações da cidade, que achavam que estavam a ser postas de lado, pelos atrasos nos fundos comunitários e pela dificuldade em “desenhar uma linha de orientação” que agregasse a cidade e os vimaranenses.
“Tu fazes parte” foi o lema final da CEC 2012 que “uniu” cidade, associações cívicas, instituições e a população em torno do projeto, já sob a égide de João Serra, que substituiu Cristina Azevedo na presidência da Fundação Cidade de Guimarães.
“Da possibilidade de um fracasso passámos ao sucesso inquestionável”, salientou Francisca Abreu.
Para a responsável, “o balanço de 2012 não se pode fazer só por números e indicadores económicos, vai muito além disso e perdura no tempo”.
