Falta de recursos humanos condiciona funcionamento do Mosteiro de Tibães

No limite, o Mosteiro de São Martinho de Tibães poderá ter de fechar aos fins-de-semana e no período de Verão. Esse cenário é admitido pelo coordenador do monumento, que, ainda assim, acredita que isso “não vai acontecer”.

Actualmente, o espaço cultural localizado em Braga conta com uma dezena de trabalhadores, menos de metade do que acontecia antes da crise de 2008 – havia 24. Além da escassez, Paulo Oliveira explica que existe “um problema relacionado com a idade dos funcionários”.

“Há pessoas cada vez mais velhas que se vão aposentado. Torna-se complicado conseguir cumprir com os projectos de trabalho e com a manutenção diária do edifício”, alerta.

Atendendo a que, “dentro de dois anos, mais duas ou três pessoas vão entrar em idade de reforma”, o responsável pelo Mosteiro de São Martinho de Tibães admite que, a partir dessa altura, “será muito difícil ter funcionários suficientes para abrir nas férias e aos fins-de-semana”.

Apesar de temer essa situação, Paulo Oliveira acredita que “as entidades competentes não vão deixar” que o monumento encerre nesses períodos, lembrando que a requisição de recursos humanos é um trabalho que tem de ser articulado entre os ministérios da Cultura e da Modernização do Estado e da Administração Pública.

O coordenador do monumento bracarense esteve reunido com Alexandra Vieira, deputada do Bloco de Esquerda. Outro assunto abordado foi o “sub-financiamento” que assola os equipamentos tutelados pela Direção Regional de Cultura do Norte.

A bloquista, que integra a Comissão de Cultura e Comunicação, na condição de suplente, garante que o partido vai “desenhar iniciativas legislativas, nomeadamente projectos-lei e projectos de recomendação, que visem dar respostas aos problemas identificados”. “Não estamos a vislumbar capacidade nem vontade política por parte do Governo para os solucionar”, acrescenta.