Famalicão lança Plano para “fazer mais e melhor pela coesão social e pessoas vulneráveis” até 2030

A Câmara Municipal de Famalicão vai apostar na digitalização da rede social do concelho e em gestores sociais, para intensificar as respostas assistenciais e chegar a todos os que delas precisam. O anúncio foi feito pelo presidente da autarquia, Mário Passos, ontem, na apresentação do ‘Diagnóstico Social de Vila Nova de Famalicão’, que decorreu na Fundação Cupertino de Miranda. A atualização do diagnóstico aponta para fragilidades ligadas ao envelhecimento da população, baixa natalidade e crescimento das minorias étnicas e migrantes.

“Estamos a introduzir o conceito do gestor social por forma a que não só possamos assistir, mas também resolver as causas que dão origem à necessidade de assistência”, afirmou Mário Passos. O autarca está certo de que Famalicão possui “uma rede que é das melhores do país”, mas não quer correr o risco de que um famalicense “possa ser melhor ajudado”.

Apesar de os dados mostrarem que o concelho tem vindo a melhorar os índices de exclusão social, face à região e ao país, Mário Passos diz que “há ainda muito a fazer”. O presidente da autarquia acredita que com os novos dados e ferramentas “será possível fazer mais e melhor pela coesão social e as pessoas mais vulneráveis”.

Paulo Alves, coordenador geral do Plano de Desenvolvimento Social, explicou que há, em Famalicão, “uma grande diversidade de problemas, desde questões ligadas a pobreza, integração de migrantes, envelhecimento ou habitação”.

De acordo com o trabalho desenvolvido pela Smart Value Consulting, “as situações de maior risco e vulnerabilidade têm maioritariamente uma trajetória de decréscimo”, mas continua a ser particularmente preocupante o aumento de 300% das vítimas de violência doméstica, o aumento de mais 86% dos beneficiários de subsídio de bonificação por deficiência, o crescimento em mais 77% do envelhecimento desprotegido ou idosos a residirem sozinhos no concelho, bem como os quase mais 60% de processos relativos a crianças e jovens em risco, a que se juntam mais 28% de famílias com baixos rendimentos e mais 66% de trabalho precário.

“A Câmara tem um conjunto de instrumentos e planos que tocam em muitas destas áreas, mas procuramos integrar essas dinâmicas e articular as soluções que possam vir a ser apresentadas, dentro de um quadro político que tem que ver com orientações da União Europeia ou Portugal 2030, que podem ser importantes para encontrar recursos para promover a sua intervenção”, acrescentou.

O ‘Diagnóstico Social de Vila Nova de Famalicão’ apresenta sete novos desafios para o horizonte de 2030: Prevenção e promoção da saúde mental, acolhimento e integração de imigrantes, desenvolvimento de respostas sociais, acolhimento e habitacionais para indivíduos e grupos vulneráveis, promoção do envelhecimento bem-sucedido e fomento da aprendizagem ao longo da vida. 

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Liliana Oliveira
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