Feio vai a votos convicto num PS mais preocupado com os problemas de Braga

Artur Feio, actual presidente da comissão política concelhia do PS de Braga, apresentou de forma oficial a sua recandidatura, esta terça-feira, apoiada pela moção ‘Afirmar o PS!’ #BRAGAMELHOR. 

O candidato da lista B volta a ter oposição interna, desta vez com Dulce Mota Campos, que encabeça a lista A com a moção ‘Com Coragem para mudar o PS Braga’, um PS forte para vencer o desafio autárquico. A opositora assume o lugar de oposição interna até aqui encabeçado por Jorge Faria.

O também vereador do PS na Câmara Municipal de Braga assumiu hoje que o seu primeiro objectivo foi trabalhar para reunir consensos e evitar duas listas na corrida. Tal não foi possível, mas para Artur Feio o processo de diálogo que antecedeu este acto eleitoral “é um primeiro passo” que demonstra que o PS “encontrou o seu equilíbrio” e que “há mais maturidade e tolerância”. 

Feio, que já assumiu publicamente a sua disponibilidade para ser candidato do PS às autárquicas de Braga em 2021, disse estar convicto na sua reeleição e assegurou que depois do acto eleitoral de sábado o objectivo é que todos os socialistas “trabalhem juntos, porque o caminho que importa é construir uma lista forte e capaz para resolver os problemas da cidade”.

Assumindo que a lista B apresenta um projecto “de continuidade, inclusivo e equilibrado com uma grande representatividade territorial”, Artur Feio vincou que os autarcas e primeiros eleitos do PS nas freguesias “têm uma voz directa dentro do PS” e que a representatividade patente na sua lista visa “preparar o processo autárquico de 2021”. É uma candidatura que “quer unir ainda mais o PS e dar resposta aos problemas que se têm agravado na cidade”, insistiu. “É uma candidatura a pensar nos bracarenses e aberta à cidade”, sugere.


Entre as críticas apontadas à coligação Juntos por Braga, que governa os destinos do município desde 2013, Artur Feio destaca a Mobilidade como uma área que “está a retirar qualidade de vida aos bracarenses” e lamenta que a maioria de direita continue a recusar as propostas que o PS tem apresentado em sede de executivo municipal, ao mesmo tempo que as aproveita para os estudos que está a desenvolver.


Em matéria de Habitação, o socialista lembra que o aumento de preços das casas “é incompatível com os salários de Braga” e que a regeneração do centro histórico acontece à conta dos privados que “aceleram a especulação imobiliária”, obrigandos as pessoas a procurar casa nas periferias.


O candidato à comissão política concelhia do PS de Braga falou ainda do referendo local para a venda do estádio anunciado por Ricardo Rio para referir que “os bracarenses não querem discutir a venda de um estádio que está praticamente pago” e que preferem preocupar-se com assuntos como a criação de “empregos estáveis ou habitação acessível”. Neste tema, Artur Feio sugere à gestão autárquica actual que “valorize o estádio considerado um dos edifícios mais prestigiados da arquitectura recente em Portugal”.


Na Cultura, Artur Feio pergunta pelo plano estratégico da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura 2027, e questiona o critério da autarquia que “não aceita reinvestir num edifício seu – Fábrica Confiança – tão querido e reivindicado pela sociedade civil e pelos diferentes partidos” tendo em vista um espaço cultural da cidade de Braga.


“Candidato à CMB em 2021 deve ser conhecido no primeiro semestre” – defende Artur Feio


Artur Feio, que está disponível para ser o candidato do Partido Socialista às eleições autárquicas de 2021, defende que o processo interno decorra num curto espaço de tempo e sugere que o rosto seja conhecido publicamente até ao final deste primeiro semestre de 2020. “O presidente da secção do PS é candidato natural a tudo. Em 2016 reconheci que havia soluções internas no partido mais capazes do que eu”, assumiu. No início de 2020, admite que é preciso pensar internamente esta questão, mas vinca que está “absolutamente disponível”. Apesar disso, Artur Feio afirma que quer “o melhor para o PS” e que estará ao lado de outra solução, se os militantes assim o entenderem. 


Salientando que “é nas freguesias que deve começar o trabalho de imediato”, Artur Feio defende que depois dos candidatos às freguesias o partido deve definir “o elenco camarário”. 

Certo é que para o candidato da lista B, no primeiro semestre de 2020, os bracarenses devem conhecer o candidato do PS à Câmara Municipal de Braga. “Não há nenhum programa eleitoral sem que exista um rosto. Não se deve colar um programa eleitoral a alguém que se adapte a esse próprio programa”, finalizou. 


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Elsa Moura
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Carolina Damas
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