Festival ‘Húmus’ aposta na interdisciplinaridade

A edição de 2023 do ‘Húmus’ vai apostar no cruzamento disciplinar. Além da literatura, que é a base do evento vimaranense, haverá lugar para conversas e performances ligadas à música, cinema, teatro e desporto.

O letrista e escritor Carlos Tê, a artista musical Capicua, o ator João Reis, o realizador Tiago Guedes e o jornalista Carlos Daniel integram o cartaz do festival, que se realiza na Biblioteca Municipal Raul Brandão, no espaço principal e nos pólos das Caldas das Taipas e de Pevidém, entre terça-feira e domingo.

O evento é dedicado, este ano, ao centenário do nascimento de Joaquim Santos Simões e tem como curador Afonso Cruz, escritor, ilustrador, cineasta e músico, que é apresentado como “um contemporâneo” da personalidade referida. De acordo com a diretora da biblioteca, Juliana Fernandes, essa inspiração levou “a juntar várias áreas”.

Para Afonso Cruz, as ligações que se criam têm sido “cruciais para o desenvolvimento enquanto seres sociais”. “Já falámos do cruzamento de disciplinas, tanto no espaço quanto no tempo [….] A tecnologia tem-nos permitido cada vez mais ligarmo-nos em rede”, enalteceu na conferência de imprensa de apresentação do evento, que aconteceu, esta sexta-feira. na Biblioteca Municipal Raúl Brandão.

‘Escrevo como Canto’ é o mote da primeira conversa, na terça-feira, às 21h, que aborda a relação entre poesia e música e que conta com as presenças de Carlos Tê e Capicua, a que se seguirá uma performance em que serão lidas letras de canções conhecidas. Na quarta-feira, às 21h, há uma sessão dedicada à literatura, com duas crianças a entrevistar os escritores Inês Pedrosa e Ondajki, a partir de um guião de Álvaro Laborinho Lúcio.

No que diz respeito a quinta, às 21h, a conversa é subordinada ao tema ‘O Som e os Filmes’, com o ator João Reis, o técnico de som Miguel Lima e o realizador Tiago Guedes, sucedendo-se uma projeção de filmes mudos com acompanhamento ao vivo a cargo da pianista Catherine Morisseau. Na sexta, às 18h30, Carlos Daniel e Rui M. Silva vão dialogar sobre o uso da palavra teatral como o equivalente à mentira, tendo o futebol como pano de fundo. O painel chama-se ‘A Finta, A Fita e a Mentira’.

Também presente na conferência de imprensa, a vereadora com o pelouro das Bibliotecas e Arquivos em Guimarães, Adelina Paula Pinto, destacou “a partilha de conhecimento de várias” como um objetivo para estimular crianças e adultos”. “Este é um cartaz também cruzado entre a biblioteca e as crianças, dando ainda palco aos escritores locais. O Húmus tem sonhos grandes e o objetivo de chegar a várias pessoas”, enaltece.

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Tiago Barquinha
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Abel Duarte
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