Festival Literário Utopia traz a Braga mais de cem atividades tendo o livro como base
Este ano, a edição do Festival Utopia decorre entre 15 e 24 de Novembro, e integra mais de 100 convidados e atividades, em 10 locais de Braga. A iniciativa foi apresentada esta segunda-feira, em conferência de imprensa pelo presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, pelo diretor geral da The Book Company, Paulo Ferreira, e pela vice-reitora para a cultura da Universidade do Minho, Joana Aguiar e Silva.
O Utopia apresenta dois ciclos temáticos que vão servir de eixo orientador para várias atividades da programação. O ciclo Utopia Europa, com atividades nos dias 22 e 23 de Novembro, propõe-se a estimular o debate sobre um espaço comum, cultural e político, edificado sobre a premissa “unidos na diversidade”.
Dentro deste ciclo vai decorrer sessão com os eurodeputados: Sebastião Bugalho, João Cotrim de Figueiredo e Francisco Assis. O representante da Assembleia da República Portuguesa junto das Instituições da União Europeia, Bruno Dias Pinheiro, é responsável pela curadoria do ciclo, assumindo ainda a condução do podcast ”Biblioteca Europa’. O primeiro episódio, com Alexandre Quintanilha está já disponível.
Está também agendado um painel que reúne vencedores do European Union Prize for Literature: Haska Shyyan (Ucrânia), Beqa Adamashvili (Geórgia) e Amine Al Ghozzi (França, Tunísia).
Já o ciclo Utopia Negra, que convida a descobrir a literatura policial e o thriller, concentra-se nos dias 23 e 24 de Novembro. Incluído na programação está o curso ‘Direito e Literatura’ – uma parceria com a Universidade do Minho, com inscrição gratuita, mas obrigatória –, composto por três sessões onde cada convidado se propõe a analisar duas obras, colocando em contraponto a visão literária e a do direito.
Em destaque na programação dedicada aos fãs deste tipo de literatura, está, também, a presença de Carmen Mola – grupo de três escritores, representado por Jorge Díaz Cortes -, na mesa-redonda ‘Águas Profundas’. O jornalista Pedro Boucherie Mendes e a escritora sueca Camilla Grebe juntam-se ao debate, que vai decorrer a 23 de novembro, às 16h30, no Auditório do Espaço Vita.
Outras sugestões do Utopia Negra incluem a sessão interativa ‘A sangue frio: como se mata na literatura policial’, com os escritores João Tordo e Filipa Amorim (23 de novembro, 16h00, no Auditório Espaço Vita) e o curso ‘Como escrever uma série policial?’, com a guionista Patrícia Müller (24 de novembro, 10h00, na Sala P. António do Espaço Vita).
Entre os momentos de conversa integrados no ciclo, destaque para a presença de Paul Caruana Galizia, filho de Daphne Caruana Galizia, jornalista maltesa assassinada no seguimento de trabalhos de investigação sobre corrupção, e autor do livro ‘A Death In Malta‘. O jovem escritor e repórter junta-se a Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, para trocar ideias sobre o tema ‘A Europa como utopia é possível?’, no dia 23 de Novembro, às 15h30, na Capela do Espaço Vita.
Paralelamente aos dois ciclos temáticos, o Utopia vai receber outros nomes sonantes: entrevistas de vida com Paula Hawkins, Gonçalo M. Tavares e Rodrigo Guedes de Carvalho, e conversas com Aline Bei, Capicua ou José Luís Peixoto.
No dia inaugural, às 18h00, o podcast ‘O Investidor Inteligente’ reúne Susana Peralta e Emília Vieira em torno do tema ‘As Mulheres e o Dinheiro’, no Auditório do Espaço Vita. No dia 16, às 15h00, a Capela do Espaço Vita recebe uma gravação ao vivo de ‘Vale a Pena’, podcast conduzido por Mariana Alvim, com Miguel Sousa Tavares como convidado.
No último dia do Festival, Raquel Marinho convida José Luís Peixoto (15h00) e Capicua (17h00) para edições ao vivo do projeto ‘O poema ensina a cair’, a decorrer na capela do Espaço Vita.
O festival também incluir dois quiz dedicados à literatura, um jantar mistério para os aspirantes a detetives, uma instalação de realidade virtual que simula o universo kafkiano, bem como atividades nas escolas e sessões pensadas para os pequenos leitores.
(EM ATUALIZAÇÃO)
[Notícia atualizada às 16h50]
