FPCUB pede incentivo de 24 cêntimos por cada km pedalado
A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) entregou aos partidos várias propostas dirigidas à mobilidade ciclável. O incentivo no valor de 24 cêntimos por cada quilómetro pedalado no contexto casa-trabalho ou casa-escola é uma das medidas apresentadas.
Com as eleições legislativas próximas, a entidade considera que as metas para a neutralidade carbónica não podem ser negligenciadas. À RUM, Mário Meireles, membro do Conselho Consultivo para a Mobilidade Sustentável da federação, recomenda que algumas das medidas que defendem façam parte dos programas eleitorais. Essas propostas estão relacionadas com a “meta para 2023 que 5% das deslocações em Portugal sejam realizadas de bicicleta, que haja uma prioridade social e também política relativamente ao peão, à bicicleta e ao transporte público em detrimento do automóvel e que se aposte em redes cicláveis para deslocações nas suas várias vertentes”.
A federação já enviou aos partidos várias medidas de promoção do uso de bicicleta. Mário Meireles sublinha a importância de a ‘Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa’ receber um orçamento próprio e adianta que “são várias medidas, de vários âmbitos que terão de ser orçamentadas”. “Há também questões relacionadas com incentivos para a utilização da bicicleta. Como por exemplo, criar um incentivo no valor de 24 cêntimos por cada quilómetro pedalado no contexto casa-trabalho ou casa-escola” acrescenta.
Segundo a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, para que os partidos compreendam a mudança na mobilidade, é necessário o poder central encontrar políticas, de forma sincronizada com os municípios e também juntas de freguesia. Mário Meireles defende que “os municípios têm que ser um parceiro estratégico do Governo” e sublinha a importância das infraestuturas para o uso da bicicleta.
Em relação a Braga, Mário Meireles afirma a necessidade de existir uma reorganização em vários locais da cidade como na “Rodovia, na Avenida da Liberdade, na Avenida 31 de Janeiro ou na própria Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires e Padre Júlio Fragata” sublinhando a importância destes “eixos principais sofrerem uma alteração rápida para poder existir mais gente a andar de bicicleta, a pé ou até de transporte público”.
A inclusão da bicicleta nos conteúdos escolares, o apoio aos municípios na aquisição à utilização da bicicleta na escola e a redução ou isenção do IVA na compra de bicicletas são algumas das propostas.
Escrito por Catarina Martins
