Freguesias urbanas de Braga têm 24 metros quadrados de área verde por habitante

Braga tem nas sete freguesias urbanas 24 metros quadrados de área verde por habitante. Um número superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 12 metros quadrados por habitante. Os 24 metros quadrados são referentes aos ´espaços públicos verdes da Câmara de Braga, privados da autarquia e do Estado`. 


Os dados que foram apresentados, esta terça-feira na Quinta Pedagógica, resultam de um trabalho exaustivo de delimitação dos espaços verdes do concelho e das zonas de risco de cheias, desde setembro de 2021, de acordo com os limites previstos no PDM. Para o efeito foram utilizados drones que tiraram cerca de 333 mil fotografias.

Toda a informação será disponibilizada, até ao final da semana, numa plataforma aberta no site da Câmara de Braga. 

O vereador com o pelouro do ambiente, Altino Bessa, refere que este é um trabalho que “nenhum município a nível nacional tem”. O facto de esta ser uma plataforma que pretende ser aberta irá permitir “alguns comentários de melhoria”, reconhece, sendo que todo o trabalho foi realizado com base em fatores técnicos. 

O levantamento foi realizado pelas empresas ERRE e Hexagon. A plataforma digital apresenta, entre outros, dados sobre o número de árvores existentes no território, a captação de CO2 quer das árvores, quer também dos espaços verdes, permitindo “o desenvolvimento de estratégias de ordenamento do espaço público, assim como, de necessidades ambientais”.

O arquiteto Otávio Oliveira considera que estes dados vão clarificar a opinião pública sobre se há ou não “espaços verdes em quantidade suficiente”, em Braga. “Afinal de contas, os espaços verdes em Braga, estão acima dos níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde, umas vezes eles referem 12 metros quadrados e nós estamos com 22 metros quadrados de espaço verde público por habitante na área das sete freguesias urbanas”, um número também superior na área alargada que conta com freguesias como Adaúfe, Gualtar, Palmeira, Nogueira, entre outros, na ordem dos 22 metros quadrados.


“Como só estamos a considerar espaços que são propriedade do município, espaços privados do município e espaços privados do Estado, fora destas sete freguesias, por exemplo, praticamente não existem espaços privados do Estado. Mesmo públicos privados da Câmara, eles estão concentrados nestas sete freguesias”, explica o vereador do ambiente atribuindo como exemplo o Picoto que é “um espaço privado da Câmara, porque tem esta designação do ponto de vista de registo”.

Nas sete freguesias urbanas: S. Victor, S. Vicente, S. José de S. Lázaro e S. João do Souto e Maximinos, Sé e Cividade, que perfaz um total de cerca de 1.163 hectares, foram contabilizadas 34.978 árvores. Já na zona alargada com 2.827 hectares são referidas 99.857, sempre com mais de 30 centímetros de diâmetro.

Em relação às cheias foram identificados três locais de risco: dois na envolvente do Rio Este, com necessidade de intervenções junto à Bosch, e um na ribeira de Castro.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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