Fundação Mestre Casais vê sustentabilidade como único caminho para haver futuro

Promover a sustentabilidade ambiental e humana é a missão da Fundação Mestre Casais. Criada em maio, foi oficialmente apresentada esta segunda-feira, no Theatro Circo.

O organismo pretende homenagear o sonho e vida do fundador do grupo Casais, uma empresa familiar nascida em Braga em 1958 e que vai já na sua quarta geração, e que conta com um grupo empresarial constituído por quatro empresas.

Durante a sessão, foi frisada a vontade de atuar sobre os princípios do conhecimento, da independência, da transparência, do humanismo e do diálogo implementados desde sempre pelo “mestre Casais”.

Em declarações à RUM, o diretor-executivo da fundação, José Mendes, ligado à UMinho e ex-secretário de estado do governo de António Costa, frisa que a fundação pretende ser mais uma peça para encontrar o “ponto de equilíbrio” entre a atividade humana e do Planeta que albergar essa atividade.

Este trabalho será feito através da disponibilização de conhecimento, organização de debates e, sobretudo, pela criação de valor sobre sustentabilidade, de modo a contribuir para uma maior capitação da sociedade, de forma a enfrentar os desafios ambientais, climáticos, sociais, humanos e económicos.

“Nas próximas décadas vamos travar o desafio da sobrevivência neste planeta, logo todos os esforços são poucos. Queremos ter abrangência nacional e mais à frente internacional. Para isso todos somos necessários”, declara o ex-secretário de estado.

O plano de atividades até 2023 já está traçado. A Fundação está comprometida em desenvolver estudos que promovam novos conhecimentos. Além disso, serão atribuídos prémios, bolsas de estudo de apoio a estudantes do ensino superior, outros apoios de natureza filantrópica, realização de conferências, seminários

e debates, produção e divulgação de conteúdos.

Prémio anual de Jornalismo em Sustentabilidade vai premiar quatro projetos com 5 mil euros cada um.


A apresentação do galardão, criado em parceria com o CEiiA, ficou ao cargo da presidente do júri, Felisbela Lopes, docente da UMinho. Na sua intervenção começou por sublinhar alguns exemplos internacionais de formas de levar ao público o problema das alterações climáticas. A capa da Times, com António Guterres, é talvez o grande exemplo deste flagelo.

O desafio, a partir de hoje, passa por valorizar essa agenda. O Prémio anual de Jornalismo em Sustentabilidade irá, nas palavras de Felisbela Lopes, “dotar de mais incentivos” e “fortalecer” os meios de comunicação para que esta temática conquiste mais espaço na imprensa, televisão, rádio e meios digitais portugueses.

A Fundação Mestre Casais irá lutar para que as redações tenham “meios para criar agendas noticiosas de interesse e impactos públicos”. Serão atribuídos quatro prémios no valor de 5 mil euros cada aos melhores trabalhos jornalísticos “sem barreiras geográficas”. 

Fundação vai criar, até 2022, Cidade Laboratório.

Será em Braga que esta ‘Micro Cidade’ irá nascer, mais concretamente, junto à sede da Fundação, na Quinta do Souto, em Tibães. Segundo José Mendes, este laboratório pretende ser uma demonstração de tecnologias e soluções urbanas de mitigação e adaptação às alterações climáticas. Será uma microcidade que terá

programas de visita e formação dirigidos em especial aos jovens, que a Fundação acredita serem os agentes da mudança. As tecnologias estão relacionadas, sobretudo, com a necessidade de descarbonizar e produzir energia elétrica através de renováveis.

A Fundação Mestre Casais, em parceria com a Universidade do Minho, irá ainda atribuir o prémio de melhor aluno de mestrado integrado em Engenharia Civil e bolsas de estudo para alunos de Engenharia Civil.

Assim que a situação epidemiológica o permita, serão dinamizados os “Trílogos para a Sustentabilidade”, um programa de jantares-debate em que a Fundação percorre o país a discutir temas relacionados com a sustentabilidade.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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