“Gostava que os jovens tivessem um lugar na decisão permanente”

O presidente do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), Rui Oliveira, defende que os jovens passem a ter um lugar na decisão permanente de diferentes instituições, organizações e empresas. A poucos dias do encerramento do Ano Europeu de Juventude, Rui Oliveira, afirma que esta plataforma, que representa todos os jovens portugueses, continua a trabalhar para que nos órgãos de decisão, os jovens também tenham lugar e voz, e sejam valorizados de outra forma.


Esta terça-feira à noite, em entrevista ao programa da RUM ‘Campus Verbal’, o jovem vimaranense admitiu que legado mais importante que gostaria que ficasse deste Ano Europeu da Juventude “era que os jovens passassem a ter um lugar na decisão permanente”. 

A direção do CNJ tem procurado trabalhar nesse sentido e, segundo Rui Oliveira, o apelo foi feito diretamente ao presidente da república que podia até começar por dar o exemplo, admite. “Seria muito agradável que também o fizesse no seu órgão de consulta, que é o Conselho de Estado”, lembra Rui Oliveira a propósito de uma conversa com Marcelo Rebelo de Sousa. No caso da Assembleia da República, o também ex-presidente da Associação Académica da Universidade do Minho refere que “não é propriamente a assembleia com mais jovens de sempre”. Diz ainda que são necessários mais jovens nos órgãos de governo das autarquias locais, mas também nas empresas. “Precisamos de ter mais jovens nas empresas, nos órgãos de administração, para também poderem ser auscultados”, sugere.

O presidente do CNJ sublinha que o que se pretende é mesmo promover o diálogo intergeracional nas diferentes instituições e entidades. “Às vezes, a resposta é criar um conselho consultivo para os jovens, mas a ideia não é essa. A ideia não é os jovens estarem segmentados e separados, é os jovens estarem na decisão com os adultos, é um modelo de diálogo intergeracional que é fundamental promovermos no país. Tanto uns, como outros, são necessários”, alerta.

Rui Oliveira reconhece que este é um processo “lento e difícil, apesar de os jovens terem muitas demonstrações de que quando têm espaço de participação, o fazem, e fazem-no com qualidade”. O dirigente assume que foram dados passos “interessantes”, nomeadamente no Plano Nacional para a Juventude, que incorpora a presença de elementos jovens em cada um dos ministérios. “Podem ser de juventudes partidárias, há muitos que têm um pensamento muito interessante”, conclui.

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Elsa Moura
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