Governo corta previsão do PIB para 4% em 2020. Desemprego sobe para 7,3%

O governo prevê para este ano um crescimento da economia de 4% e para 2022 de 4,9%, ou seja, em dois anos cresce cerca de 9% apontou esta quinta-feira o ministro das Finanças, João Leão.
No final de março, em entrevista à RTP, o ministro das Finanças, João Leão, estimou que o défice de 2021 deveria ficar entre 4,5% e 5% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da previsão de 4,3% do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
Quanto à estimativa do crescimento económico (5,4% no OE2021), será piorada em “mais de um ponto” percentual no PE, disse na mesma ocasião.
O documento que será entregue no parlamento ainda esta quinta-feira, será debatido pelos deputados no dia 29 de abril, seguindo depois para a Comissão Europeia.
Em 2021 ainda estão suspensas as regras orçamentais do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e a Comissão já propôs que se mantenha este alívio em 2022. O presidente Conselho de ministros das Finanças da União Europeia em exercício, precisamente João Leão, sinalizado que pretende manter essa suspensão para 2022, com a decisão definitiva a ser tomada em maio.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o défice das contas públicas nacionais se situe nos 5% do PIB este ano e que a dívida pública fique nos 131,4%.
Os números do défice ficam apenas abaixo das previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que em dezembro apontava para 6,3%, e acima das previsões do Conselho das Finanças Públicas (CFP), que apontou no final de março para um défice de 4,1% do PIB.
Quanto à dívida pública, a OCDE é a entidade mais pessimista, esperando que alcance os 139,7% do PIB este ano, ao passo que o Conselho das Finanças Públicas aponta para os 131,5% e a última previsão do Governo apontava para os 130,9%.
O FMI previu também um crescimento de 3,9% do PIB português, igual ao esperado pelo Banco de Portugal e superior aos 3,3% esperados pelo CFP para este ano.
A Comissão Europeia aponta para um crescimento económico de 4,1%, em previsões datadas de fevereiro, e a OCDE previu uma subida de 1,7% do PIB português em dezembro.
Dinheiro Vivo
