Governo de Angola lança três mestrados com a colaboração da UMinho

Apoiada pela Universidade do Minho, Angola conta agora com três mestrados na área da formação de professores, mais concretamente na vertente de metodologias de ensino. A pedido do Governo do país lusófono, a academia minhota foi uma das responsáveis pela elaboração do plano curricular e de estágios.


A abertura oficial dos cursos realizou-se esta terça-feira numa cerimónia online que contou com as presenças do Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, da Ministra da Educação, Luísa Maria Alves Grilo, e da Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Rosário Bragança Sambo. Da parte portuguesa participaram o embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa, o reitor Rui Vieira de Castro e o presidente do Instituto de Educação (IE), Leandro Almeida.


Os cursos estão sob a alçada do ISCED – Instituto Superior de Ciências de Educação, localizado em Angola, com polos em Huíla (na área do pré-escolar), Benguela (ensino primário) e Luanda (língua portuguesa no ensino secundário), funcionando em articulação com a Universidade do Minho. Esta parceria surge depois de o Governo do país africano ter detetado “a falta de formação em áreas mais pedagógicas, didáticas e relacionadas com metodologias de ensino, incluindo a organização e a supervisão dos estágios”, explica Leandro Almeida.

Em declarações à RUM, o responsável do IE acredita que a escolha recaiu sobre a academia minhota devido à “experiência de quatro décadas na formação de professores” e ao “reconhecimento nacional e internacional” que tem nesta área. “O facto de disponibilizarmos toda a formação, desde o pré-escolar até ao ensino secundário, também ajudou”, acrescenta.


Os três mestrados, que iniciaram este ano letivo em Angola, têm a duração de dois anos, sendo que parte do ciclo formativo será realizado na Universidade do Minho, entre maio e setembro. Segue-se depois o período de estágios a partir de outubro.

No total vão deslocar-se a Portugal cerca de 70 mestrandos (30 de Benguela, 20 de Luanda e 20 de Huíla), que “já têm experiência como professores, mas que precisam de desenvolver algumas competências”. Além disso, no âmbito do protocolo, 20 docentes, parte deles já com doutoramento, também estarão em Braga. “Precisamos que nos auxiliem neste processo de formação, até porque conhecem melhor a realidade angolana”.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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