Governo recusa que derrocada na Fortaleza de Valença prejudique candidatura a património da UNESCO
A ministra da Coesão Territorial recusou hoje a ideia de que a nova derrocada da fortaleza de Valença coloque em risco o sucesso da candidatura a património da UNESCO.
Este domingo, o Monumento Nacional sofreu uma nova derrocada, consequência do mau tempo que se verificou este fim-de-semana. O autarca local já previa que tal se verificasse e uma das preocupações está agora relacionada com a preservação do restante monumento.
Ana Abrunhosa visitou esta manhã o património afetado. Aos jornalistas, admitiu que é “urgente intervir nas novas zonas de risco” que surgiram com as chuvas intensas das últimas horas. “Temos mecanismos legais que permitem intervenção de urgência”, acrescentou. Os técnicos da Direção Regional de Cultura já estão no terreno para avaliar os danos causados e os procedimentos a seguir. A ministra assume que a obra vai “envolver recursos elevados e depois, não tenho dúvidas de que esta intervenção continuará a fortalecer a candidatura”.
Viana do Castelo foi o distrito mais afetado pelo mau tempo este fim-de-semana com várias inundações. Os autarcas do Alto Minho querem que o governo ajude a colmatar os prejuízos. A ministra responde que o Governo está disponível para ajudar dentro dos mecanismos legais. Agora, é preciso fazer o levantamento de danos.
A Fortaleza é do século XVII e tem atualmente a classificação de monumento nacional.
“Esta fortaleza é nosso ex-líbris. É o cartão-de-visita de Valença. Aliás, está a ser preparada uma candidatura a Património da Humanidade”, recordou o autarca local ainda este domingo, apelando à população para que não se dirija à fortaleza e cumpra os conselhos de segurança da Proteção Civil.
