Greve afeta utentes do Hospital de Braga

Apesar da “grande greve” da função pública, que afeta especialmente a saúde e a educação, o ambiente no Hospital de Braga estava relativamente tranquilo na manhã desta sexta-feira. No acesso para as consultas externas, onde dominava a incerteza, a RUM conversou com vários utentes, alguns dos quais revelaram ter consultas, cirurgias e exames cancelados. 

Lurdes Alves foi uma das afetadas pela greve esta manhã. “Estamos aqui desde as 9h00, são 11h00, estamos só à espera do atestado”, explicou. Acompanhava a cunhada a uma consulta e não recebeu qualquer informação sobre uma possível remarcação. “Vamos embora, talvez marquem para outro dia”, referiu.

Na mesma situação encontrava-se Arlindo Matos, que se deslocou até ao Hospital de Braga para ter uma consulta de gastroenterologia, sem ter conhecimento da paralisação e ficou a saber, mais tarde, “que a médica tinha feito greve”. Já à espera de mais alguma informação estava Eliana Mariano. A utente, que se encontrava na sala de espera desde as 9h00 da manhã, soube, duas horas mais tarde, que “a cirurgia tinha sido desmarcada, sem data para remarcação”. “Não me deram nada, só me pediram para descer até aqui, à receção, e esperar o atestado médico”, acrescentou.

Melhor sorte teve Carine Azevedo que completou o exame agendado dentro do horário. Porém, não conseguiu realizar as análises clínicas uma vez que o serviço estava “fechado totalmente”. À semelhança de outros, também esta utente não teve acesso a mais informação a não ser “a de que receberia uma carta para remarcar o exame”, mas sem muitas certezas.

Apesar dos vários constrangimentos, e de um ambiente dominado pela incerteza, a RUM também conversou com alguns utentes cujos compromissos médicos mantiveram-se inalterados, como foi o caso de Júlio Dias que tinha a certeza que seria consultado visto ter sido “contactado pelo médico e confirmado a consulta” para o dia.

A Frente Comum iniciou às 00h00 uma “grande greve” da Administração Pública contra o Governo, que acusa de degradar as condições de trabalho e de desinvestir nos serviços públicos. A paralisação abrange todos os trabalhadores do Estado e espera-se a adesão de professores e auxiliares, médicos, enfermeiros, trabalhadores dos transportes públicos e funcionários judiciais pelo aumento dos salários, a valorização das carreiras, a reposição do vínculo público e a defesa dos serviços públicos.


Até ao momento ainda não é conhecido o real impacto desta greve na função pública na ULS de Braga.

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Redação
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Sérgio Xavier
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