Greve da CP. Supressão de mais de metade dos comboios até às 08h00

A CP – Comboios de Portugal realizou 108 das 255 ligações ferroviárias que tinha programadas até às 08h00, devido à greve dos trabalhadores da empresa e da Infraestruturas de Portugal (IP), tendo sido suprimidos 147 comboios, segundo fonte oficial da empresa. Em algumas linhas da área metropolitana de Lisboa, por exemplo, a mobilidade esteve condicionada, devido aos atrasos e à supressão de comboios.

De acordo com o balanço feito pela CP, por volta das 08h20, dos 255 comboios programados realizaram-se 108, foram suprimidos 147, dos quais 41 do serviço regional, nove de longo curso, 22 comboios urbanos do Porto e 75 urbanos de Lisboa.

Esta manhã, em algumas estações da área metropolitana de Lisboa, a situação tem estado “bastante complicada” com a escassez de comboios. Desde as 7h00 da manhã houve apenas um comboio no sentido Sintra-Lisboa, sendo que os próximos, segundo as informações da empresa, só passarão mais de uma hora depois, condicionando a mobilidade.

José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), disse à Lusa que a greve registava até às 06h00 uma “forte adesão”.

“Estamos a ter uma adesão muito elevada, superior a 90%. Estão apenas a ser cumpridos os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral. Da lista não faziam parte os comboios de mercadorias, pelo que não se efetuou nenhum no turno da noite”, disse.

José Manuel Oliveira disse igualmente que as bilheteiras das estações de comboios estão encerradas.

“Agora vão começar a entrar outros turnos e a perspetiva do sindicato é a de que será uma adesão semelhante ao do turno da noite”, disse.

A ausência de respostas da tutela esteve na origem da marcação desta greve, tendo a CP alertado para a ocorrência de “fortes perturbações” na circulação de comboios a nível nacional.

Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, explicou à Antena 1 que a não revisão salarial na CP é uma situação injusta. Ainda para mais tendo em conta que estes trabalhadores estiveram muito expostos na linha da frente e também foram afetados nos últimos meses pela pandemia da Covid-19.

RTP/Lusa

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