Guimarães Jazz celebra 30º aniversário com doze concertos e duas exposições

A multiculturalidade é uma das marcas da 30ª edição do Guimarães Jazz. O evento, que se realiza entre 11 e 20 de novembro, foi apresentado esta terça-feira na sede da associação cultural Convívio.

O primeiro concerto do programa junta um trio de diferentes proveniências: Vijay Iver, pianista de ascendência indiana, a baixista malaia Linda May Han Oh e o baterista norte-americano Tyshawn Sorey. Esta atuação, segundo o diretor artístico, é um exemplo da dimensão “transcontinental” do evento, com “diferentes geografias a interagirem”. 


Ivo Martins refere que a heterogeneidade é também visível “na dimensão e nos estilos dos vários grupos”. Miguel Zenón Quartet, Who Trio, Chris Lightcap’s SuperBigmo, Samuel Blaser & Marc Ducret, Ryan Cohan Quintet e Frankfurt Radio Big Band & Melissa Aldana são outros dos nomes presentes no cartaz.


A perspetiva política chega também ao Guimarães Jazz através dos Black Art Jazz Colective. “Queremos dar voz ao importante contributo dos afroamericanos para o jazz. São músicos que passaram e ainda passam momentos muito difíceis no Estados Unidos”, explica Ivo Martins.



Orquestra de Guimarães e Porta-Jazz voltam a marcar presença no evento

No leque de 12 espetáculos, que passam pelo Centro Cultural Vila Flor (CCVF) e pelo Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), destaque ainda para as parcerias inerentes ao festival. A Big Band do ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo será dirigida pelo pianista e compositor Ryan Cohan, enquanto a Orquestra de Guimarães terá, desta vez, a companhia do Niels Klein Trio.


Nesta edição do evento voltam a repetir-se a presenças da associação Porta-Jazz, assumida este ano por um quinteto liderado pela performer Inês Malheiro, em colaboração com a artista Carolina Fangueiro, e do coletivo Sonoscopia, que propõe o duo de improvisação não convencional formado por Henrique Fernandes e Joana Sá.

Além dos concertos, o cartaz é caraterizado pelo regresso das jam sessions, ausentes em 2020 devido à pandemia,  e pela apresentação de CD’s do projeto Porta-Jazz, referentes aos últimos dois anos, e de duas exposições: ‘A Sabedoria do Espanto’, dedicada às três décadas do Guimarães Jazz, no Palácio Vila Flor, e ‘60/30’, que cruza o aniversário do evento e o 60º da associação Convívio, um dos coorganizadores do festival.

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Tiago Barquinha
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