Guimarães perde 3,6% da população em 8 anos e oposição exige soluções à autarquia

O concelho de Guimarães perdeu 3,6% da sua população nos últimos 8 anos e a oposição política no executivo municipal considera que a autarquia deve fazer mais para fixar habitantes.
Na reunião de executivo desta segunda-feira, o vereador do PSD, Bruno Fernandes, socorreu-se dos dados para referir que, entre 2011 e 2019, Guimarães foi o concelho que mais população perdeu entre os do quadrilátero urbano. Na opinião do vereador sem pelouro, a falta de oferta de habitação e de apoios à natalidade, e a ineficácia da rede de transportes públicos são as razões para o decréscimo de habitantes.
No caso da falta de oferta de habitação, o social-democrata assinalou que o PDM (Plano Director Municipal), documento que determina os terrenos nos quais se pode ou não construir casas, tem de ser alterado. “Tem que se perceber que se o PDM está a limitar um desenvolvimento desejável das vilas do concelho, então têm de ser criados instrumentos reguladores que alterem essa realidade”, salvaguardando que é “preciso criar anéis de crescimento urbanístico que permitam aos jovens casais ficarem nas suas freguesias”.
Na resposta, o presidente da Câmara reconheceu que a perda de habitantes em Guimarães é um problema, lembrando que a oferta de emprego e de habitação são os dois factores que determinam a fixação de pessoas nos concelhos. No emprego, sobretudo no sector industrial, a oferta existe, salvaguardou o autarca, mas na habitação o flagelo é uma realidade. “As políticas de habitação estão lançadas mas há terrenos que estão guardados para futuro, que as pessoas não vendem por considerarem que daqui a 10 ou 15 anos o terreno vale mais”, lamentou.
Domingos Bragança assumiu que o actual PDM “é restritivo, em especial nas freguesias limítrofes do concelho”, como Ronfe ou Serzedelo ou a vila de Moreira de Cónegos.
