“Há associações juvenis no distrito que não sabem se conseguem manter actividade em 2021”

O presidente da Juventude Popular (JP) acusa o Governo de colocar as associações juvenis numa situação desesperante. Francisco Mota relembra um “decreto-lei lançado em Agosto, que permite às associações reverterem o seu plano de actividades e orçamento, podendo substituir as normais actividades por outras, e, dessa forma, não perder o financiamento”.

O jovem centrista diz que as associações não conseguiram concretizar a sua atividade e, por isso, não conseguiram garantir o seu financiamento, sendo que a resposta do Governo ficou “aquém das necessidades destas organizações juvenis”.

O líder da JP assegura que, no distrito de Braga, “há até associações juvenis, com peso social, que, neste momento, dizem que não sabem se conseguem cumprir os seus objectivos, sobretudo enquanto entidades empregadoras, nem sabem se conseguem manter actividade no próximo ano, se o Governo não reverter a situação”.

Segundo o presidente desta juventude partidária, o Governo devia criar um “fundo extraordinário, no valor de 500 mil euros, ao qual as associações se pudessem candidatar”. Além disso, defende Francisco Mota, “as associações não deviam ter essa necessidade de refazer o seu programa de actividades”. “O Governo, tendo em conta que as verbas já estavam alocadas e que vivemos um momento extraordinário, devia financiar da mesma forma”, acrescentou.

O líder da JP defendeu ainda que, no próximo ano, “o plano de actividades que devia valer para a avaliação de financiamento devia ser o de 2019 e não o de 2020, porque não houve a realização de actividades”.

Para Francisco Mota, “a situação agrava-se quando em causa estão associações académicas ou de estudantes, que, com o encerramento das universidades e sem o seu público-alvo, se viram impossibilitadas de reconfigurar o programa de actividades, afastando-as do cenário traçado pelo Governo e colocando em causa postos de trabalho”.